terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Entre os brilhos da Capital

Curitiba tentou ser a Capital do Natal mas apesar do coral do HSBC apresentado no Palácio Avenida a cidade não tem mais o brilho de antigamente. Com quase nenhum incentivo do governo os curitibanos não querem investir em grandes iluminações que apertam o orçamento.
Muitas famílias que esperavam ansiosas o mês de dezembro para enfeitar a residência já não se empolgam tanto e preferem uma decoração interna mais elaborada. A moda agora é caprichar nos detalhes particulares da casa como a mesa, pratos e cortinas com detalhes natalinos.
Mas as lâmpadas que tanto encantam nunca ficaram de lado, mas também não deixam de receber o toque das tendências. As velhas e encantadoras luzes coloridas dão espaço ao glamour do brilho dos cristais que adornam as janelas e os jardins da capital.
Mesmo não sendo a Capital Nacional do Natal os curitibanos não deixam apagar o espírito natalino

Indiferença ao Diferente

Em uma de suas aventuras por Curitiba o Urbernauta consegui atolar seu carro em uma rua de difícil acesso, tudo por que ficou apreensivo com dois camaradas que avistou em sua frente e mesmo com a experiência da viajem já avançada, julgou serem bandidos antes mesmo de um ataque que nem chegou a ocorrer, pelo contrário eram pessoas humildes que estavam indo se divertir e acabaram ficando cheios de barro para ajudar o desconhecido.
Essa passagem é comum em nossas vidas, pelo menos nos dias de hoje, julgamos as pessoas pelo que vestem e pelo meio onde circulam se ao menos saber quem são. A verdade é que nem queremos saber quem são, não nos interessamos, apenas nos afastamos.
Nossa cidade abriga vários tribos que repelimos sem saber sua filosofia. Eduardo Fenianos em O Ubernauta retrata bem esse preconceito já costumeiro de nossa sociedade, nesse trecho do livro ele sente o arrependimento de seu errôneo julgamento. Os rapazes (supostos assaltantes) deixaram seu divertimento para ajudá-lo coisa que nem a empresa do guincho solicitada quis fazer.
Se não tivesse se assustado com os rapazes, na certa não teria quebrado o carro mais o acidente em sua viajem serviu também para quebrar sua idéia do diferente.

Transformação da Cidade

Inaugurado em 1886 o Passeio Público é um dos primeiros points curitibanos, criado para servir de lazer e para solucionar os problemas de um intenso charco, o parque foi palco de grandes eventos culturais, um deles dói a coroação de Emiliano Perneta como Príncipe dos Poetas Paranaenses.
Com a chegada dos estudantes da Universidade Federal do Paraná, o Passeio era o local de ponto de encontros e reuniões e de estudantes e casais de namorados nos finais de semana.
Mas a decadência chegou aos portões que lembram o Cemitério do Cães em Paris e afastou o romantismo do primeiro parque da cidade. Prostituição e assaltos deixaram as famílias afastadas do espaço ecológico por onde corre o Rio Belém.
É a sociedade deixando seu espaço para vidas alternativas que transformam a cidade. O local de laser e diversão é tomado para outros fins e afasta sua idéia inicial.
Uma revitalização do espaço e maior policiamento mudaram o parque que novamente vem atraindo visitantes, mas a imagem descontruida do espaço ainda é presente em muitos de nós.

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Diante dos olhos

O Museu Oscar Niemeyer, um dos pontos turísticos mais aclamados entre os visitantes de diversas localidades e os próprios curitibanos, está perdendo o brilho irretocável. Parece manchete sensacionalista de pasquim popularesco. Porém, nada mais é do que a fria e racional constatação de fatos reais.

Explico: a rotina diária de visitação do 'Museu do Olho' não é, tão somente, formada por turistas e suas máquinas fotográficas - os quais, no fim das contas, são apenas números que preenchem as estatísticas governistas.

Noite no museu
O museu, invariavelmente, é, também, ponto de freqüentação noturna de vários grupos urbanos; um espaço democrático. À noite - e pelas longas horas da madrugada que se seguem -, alguns se reúnem para uma simples conversa, regada a risos e goles. Outros, se aventuram em praticar esportes (sim, à noite!) no gramado - um verdadeiro campo minado por cocôs dos cãezinhos que ali se infestam aos domingos. Há quem ainda apele para narcóticos e derivados alucinógenos proibidos. Sem contar os pares de namorados que... Enfim, os namorados também se divertem no museu.

Ironia. Enquanto de dia, a modernidade e a aparente organização se mostram quase supremas, à noite a realidade se distancia - e muito - da aprazível Curitiba. E revela uma paisagem típica dos grandes centros: jovens em busca de diversão - lícita ou ilícita -, que se movimentam contrários às implícitas leis de ordem e civilidade. É a juventude que se mostra oposta à hipócrita fantasia de "cidade modelo".

Mendigos
Muitos dos freqüentadores da noite do museu, porém, não estão ali por diversão ou pelo prazer do rompimento das imposições éticas e morais. Talvez estejam por falta de opção ou por necessidade extrema e irremediável. São os moradores de rua.

Não, o tal do brilho irretocável do museu do olho não é ofuscado pelos mendigos à deriva. Na verdade, esses são mais alguns dos tantos personagens comuns às metrópoles cosmopolitas; são resultado do movimento ininterrupto do progresso.

Agressão
Ignorância, autoridade, falta de senso e violência é o que torna as noites no MON opacas. Diante do 'olho do museu'. Diante dos olhos de todos.

"Os SEGURANÇAS DO MUSEU OSCAR NIEMEYER também usam de violência contra mendigos que procuram abrigo p/ dormir. Foi o que aconteceu no sábado, 20/10/2007. Às 07:50hs, tive o desprazer de ver o pobre do mendigo chorando de frio, pois tinha sido acordado por baldes de ÁGUA FRIA JOGADO EM SEU CORPO POR TRÊS SEGURANÇAS DO MUSEU".

A seqüência narrada por uma moradora do bairro, que, revoltada, se manifestou em uma das tantas comunidades do orkut, não é caso isolado. E também não se trata de mera observação impressionada. É a realidade. Brutamontes se deleitam em abusar da autoridade conferida para ofender os freqüentadores do museu. Preferencialmente, os mais indefesos.

A agressão - moral ou física - é, sobretudo, aferida a grupos de minorias mais frágeis: homossexuais, mendigos, mulheres. Pouco é feito contra os jovens rapazes usuários de drogas, por exemplo. Razão aparente: a condição social dos garotos das classes média-alta curitibana.

Progresso
O ritmo imposto pela evolução da sociedade é, de fato, frenético. E inúmeras são as conseqüências do progresso. Curitiba é palco do desenvolvimento acelerado. Mas nada disso justifica a violência que denigre imagens cânones e assusta os cidadãos. Ainda mais contra vítimas desarmadas do crescimento urbano.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

A fonte da Divina Providência

Quando mais nova, fui matriculada no Colégio da Divina Providência, no Ahú de Baixo. O ano era 1996. Eu, então com 10 anos, estava a cursar a 5ª série.

Recém transferida de uma escolinha provinciana e bairrista, perdida nos cafundós do Boa Vista, a 'nova escola' revelava para mim, a cada dia, uma realidade desconhecida e curiosa.

Dali, o que mais me impressionava eram as particularidades do espaço físico. O Divina Providência quedava onde, nos anos 40 e 50, a todo fervor e glamour, funcionava o famoso Cassino do Ahú. Em 1952, as irmãs da congregação que dava nome ao colégio, compraram o terreno da luxuosa casa de jogos. E instalaram, além da nova sede da instituição de ensino, o lar provincial das freirinhas - chamado de provincialado.

De herança do cassino, restaram, além do pomposo salão, as instalações de uma piscina olímpica. Nos corredores do colégio, rondavam antigas lendas de que muitos apostadores, após derrotas e falências nos jogos de azar, ali tentaram suicídio. Alguns, de fato, obtiveram êxito! Em 96, no entanto, a piscina já não mais impelia medo ao imaginário das criancinhas divinenses: estava vazia e desativada há mais de 15 anos.

Mas a minha curiosidade era, deveras, despertada e instigada por um outro lugar do colégio. Uma espécie de manancial coletivo; era cercado por uma mui antiga construção com altas janelas, adornada por azulejos em sua face externa, os quais formavam um grande painel com a imagem de dois índios bebendo água de uma nascente. De dentro daquela estrutura, saía uma tubulação que, por fim, desembocava em uma bica, que jorrava água pura e cristalina.

Durante incontáveis recreios junto à bica, meus pensamentos corriam longe. "Teriam índios também bebido da fonte da Divina Providência"?

As dúvidas da infância só foram, em parte, respondidas quando, alguns anos mais tarde, tive acesso ao 17º fascículo da "Coleção Bairros de Curitiba", de autoria do viajante das entranhas curitibanas, o Urbenauta.

Em tempo: o título do tal volume? Ahú e São Lourenço: Da Fonte a Providência. Vale a leitura. E digo: não apenas aos ex-freqüentadores do cassino, antigos alunos do Divina ou irmãzinhas do provincialado!

terça-feira, 27 de novembro de 2007

A bicicleta também é transporte



Representantes e usuários de bicicletas lutam para ser atendidos pelas autoridades. Uma demonstração de sua luta é pichar em vários lugares da cidade. O argumento usado por eles é que o trânsito, em Curitiba, não é formado somente de carros, que são os meios de transporte que mais poluem o meio ambiente.
Alguns adeptos do ciclismo aderiram a bicicleta para ir ao trabalho e tentam desta maneira sensibilizar os curitibanos a terem uma qualidade de vida.
Victor da Silva, 22 anos, é um exemplo de dedicação nessa luta. “Os jovens devem aderir esta causa, ser conscientes, mostrar participação, demonstrar respeito pelo meio ambiente, respeitando a natureza”, relata.
O planeta Terra pede socorro. Toda a sociedade é responsável pelo aquecimento global. Portanto, é importante a colaboração de todos que vêem na bicicleta, uma alternativa para o caos no trânsito da capital ecológica.
As cidades européias, consideradas de primeiro mundo, estão investindo na integração real dos transportes. As cidades como Paris, Barcelona, Berlim, Amsterdã, Copenhagem e Viena convivem com essa realidade. Foram desenvolvidos projetos de bicicletários funcionais nas estações e terminais de transporte público, compartilhamento da via com bicicletas por meio de ciclo-faixas, maior controle de velocidade dos carros, limitação de áreas para estacionamento e circulação de veículos automotores.
Ao contrário do plano de urbanismo de Curitiba, que anda na contramão. Uma cidade que é considerada “capital ecológica”, está bem longe da realidade global.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Recordes de Curitiba

A menor Avenida do mundo


Quando se fala em avenida você imagina uma rua larga, longa e com várias pistas e carros passando em alta velocidade. Pois em Curitiba há uma exceção no mundo das avenidas. É a Avenida Luiz Xavier que contrariando todas as hipóteses, não possuiu o tráfego de automóveis e se resume a uma quadra só. Ela liga o Palácio Avenida a praça Osório e vice versa. Por esse motivo a Avenida Luiz Xavier é considerada a menor avenida do mundo.

O Urbenauta revelou uma característica de Curitiba que poucos devem saber. A Avenida Luiz Xavier é uma mini Avenida, sendo continuação da Rua XV de Novembro até a Praça Osório. Eu particularmente não sabia. Essa Avenida surgiu em 1911 e foi criada pelo Coronel, Prefeito de Curitiba Luiz Antonio Xavier. Foi e é ponto de encontro pelo calçadão de pedestres e também porque ali se situavam os principais cinemas da cidade, sendo chamada de cinelândia. Foi palco do comício das Diretas Já, em 1984 e das manifestações a favor do impeachment do presidente Fernando Collor de Mello, em 1992.



segunda-feira, 19 de novembro de 2007


A revolta da população está exposta em postes, lixeiras e muros, nas proximidades da empresa, no Alto da XV. Os cartazes trazem a frase: “A Centronic mata!!!”.
O ato é uma demonstração de solidariedade aos familiares e amigos do jovem Bruno Strobel Coelho Santos, de 19 anos, que foi assassinado pelos seguranças da empresa "CENTRONIC"

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Lobisomem no Umbará

Cachorro de Três Patas.

Dizem que o lobisomem, quando não quer ficar com a forma de um ser humano e precisa caçar, pode se transformar num cachorro de três patas. Sabendo disso, certa vez um grupo de moradores viu justamente um cachorro de três patas entrar num dos galinheiros do Umbará. Rapidamente eles foram até o local e trancaram o animal. No dia seguinte, pouco depois do raiar do sol, eles voltaram ao galinheiro e não viram o cachorro. No seu lugar estava dormindo, pelado, um antigo padre da região.


Essa história do Urbenauta é mais uma das viagens da mente humana, assim como o chupa cabra, a noiva fantasma no cemitério. Quem nunca sonhou ou conversou com um amigo sobre ou perguntou: ”Cara o que tu faria se visse um lobisomem”. Engraçado, sabemos que não existe e mesmo assim respondemos. Vejo que essas fábulas de lobisomem vieram dos mitos criados na fazenda ou sítio, mas que se tornaram lendas urbanas. Essas retratadas em filmes com certa notoriedade, por exemplo “Um Lobisomem Americano em Londres” , que conta a trama de dois turistas americanos estão viajando pela europa. Na solitária zona campestre da Inglaterra, encontram com os camponeses locais que lhes dão conselhos arrepiantes. Os jovens adentram a escuridão da mata e escutam uivos estranhos, porém não se dão conta de que estão sendo seguidos por uma fera mística. Os que são mortos por esta criatura viram mortos vivos, andando pela terra sem destino durante toda a eternidade, entretanto os dois jovens terão melhor sorte. Então as lendas urbanas, como a do lobisomem continuarão a se propagar para as próximas gerações, confirmando a força de persuasão dessas antigas histórias.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

URBENAUTA

Pessoal estou aqui para corrigir o que escrevi...!

é URBENAUTA....

beijos

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Um pouco do Ubernauta

Escolaridade Superior:*1989/1992 = Bacharel em Comunicação Social pela UFPR, habilitação em Jornalismo e Publicidade e Propaganda.*1995 = Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de Curitiba.Atividades Acadêmicas:* Orador da turma de 1987 do Colégio Marista Santa Maria;* Autor do Hino dos Estudantes de Comunicação Social;* Orador da turma de 1992 do Curso de Comunicação Social da UFPR;* Co-autor do Hino do Diretório Acadêmico Clotário Portugal.* Presidente do Diretório Acadêmico Clotário Portugal da Faculdade de Direito de Curitiba.Atividades Profissionais:* 1990/91 = Editor e criador do "House Organ" Ramal da Nutron Equipamentos e Componentes Eletrônicos;* 1991 (manhã) = Componente da Equipe de jornalismo do Programa Comando Geral na Rádio Porto Alegre;* 1991 (tarde) = Assistente de Produção, repórter e redator na TV Paraná Canal 6;* 1991 (free-lancer) = Assessor de Comunicação do Sindicato dos Técnicos Industriais;* 1992 = Redator Publicitário na Agência JJ Comunicação;* 1993 = Diretor de Patrimônio Cultural da Fundação Cultural de Curitiba, membro da Comissão dos 300 Anos, responsável pela organização do Tricentenário de Curitiba;* 1994 = Assessor de Comunicação no gabinete do então Prefeito Rafael Greca de Macedo;* 1994/96 = Professor de Redação Jornalística nas Faculdades Integradas da Sociedade Educacional Tuiuti;* 1999/2005 = Editor responsável na Editora Univer Cidade.Livros e Livretos Publicados:* Curitiba Cidade da Luz - Álbum comemorativo aos 300 anos de Curitiba. CDD 981.621 - 1993, Editado pela Prefeitura Municipal de Curitiba;* Coleção Bairros de Curitiba = 29 volumes editados até o momento:1. Rebouças - O Bairro da Harmonia;2. Cabral e Juvevê - A Casa do Urbanismo Curitibano; Em comemoração aos 30 anos do IPPUC;3. Prado Velho - O Campus da Universalidade; Em comemoração aos 37 anos da PUC;4. Centro - Aqui nasceu Kur'yt'yba;5. Alto da Glória - Dos Barões aos Atletibas;6. Jardim Botânico - Só pra não dizer que eu também não falei das flores;7. Cristo Rei - A viagem da Nau do Tempo;8. Mercês - Curitiba em 360°;9. Batel - Das Charretes aos Topetes;10. Santa Felicidade e região - Siamo Tutto Buona Gente;11. Bigorrilho - Seu Apelido é Champagnat;12. Água Verde - O Bairro da Esperança;13. Centro Cívico - Um Bairro e Três Poderes;14. São Francisco - Uma História de Monumentos;15. Alto da XV, Hugo Lange e Jardim Social - Unidos pela Itupava, Abençoados pela Nossa Senhora da Luz;16. Bairro Alto e Atuba - Sementes de Curitiba;17. Ahú e São Lourenço - Da Fonte à Providência;18. Portão, Novo Mundo e Fazendinha - Pode entrar;19. Bacacheri e Tingüi - Vamos voar;20. Pilarzinho, Bom Retiro e Vista Alegre - Das varandas às Tevês;21. Boa Vista - Viagens, Paisagens e Miragens;22. Boqueirão, Alto Boqueirão e Vila Hauer - Gigantes pela própria natureza;23. Pinheirinho e Capão Raso - Dá-lhe Tchê;24. Orleans, São Miguel, Augusta e Rivieira - A Polônia Curitibana;25. Umbará, Tatuquara, Ganchinho, Campo de Santana e Caximba - Do barro ao mar;26. Uberaba, Guabirotuba e Jardim das Américas - O presente do passado;27. Cidade Industrial de Curitiba - Trabalho e Lazer;28. Santa Cândida - Cabeças, Cruzes e Corações;29. Seminário - A reza das Ruas.* Almanaque Kur'yt'yba - Editora Univer Cidade.* Manual Curitiba - Editora Univer Cidade.* Coleção Cidades - Litoral do Paraná - Editora Univer Cidade.* O Ubernauta - Manual de Sobrevivência na Selva Urbana - Editora Univer Cidade.* São Paulo - Uma Aventura Radical - Editora Univer Cidade.Livretos:* 1993 = Linha Pinhão (encomendado pela Prefeitura Municipal de Curitiba);* 1994 = Linha Turismo (encomendado pela Prefeitura Municipal de Curitiba).Textos Científicos:* "Aristóteles, Freud e a Qualidade Total" - pág. 26 - Revista Tuiuti Ciência e Cultura - Vol.2 - Nº 2 - Setembro/94;Prêmios e Concursos:*1988 = Menção Honrosa no 1º Concurso de Contos da Delphos;* 1989 = 2º e 3º Lugar no Prêmio Bamerindus Universitário de Propaganda.* 1991 = 2º Lugar no Concurso Interno da Nutron - Componentes e Equipamentos Eletrônicos: sobre o tema "Como aumentar a produtividade de uma empresa ?" - Concurso ABI - Associação Brasileira de Indústria;* 1992 = 1º Lugar na escolha de um redator para a agência Parceria de Comunicação;* 1993 = Um dos dois paranaenses escolhidos pela Editora Abril para o 10º Concurso Abril de Jornalismo em Revistas;* 1993 = Premiado no VIII Prêmio de Marketing Político da Revista Marketing com o "case" - Campanha para prefeito de Curitiba;* 1997 = Voto de Louvor concedido pela Câmara Municipal de Curitiba, devido ao trabalho de pesquisa realizado na Cidade.* Viagem de 100 dias dentro de Curitiba, Documentário = Uma Aventura na Cidade;* Em 2002 iniciou a 1ª fase da Expedição Paraná;* Dá consultoria para várias empresas da cidade e palestras para várias Escolas de Curitiba;* Em breve lançará o projeto "Viagem ao Centro de Curitiba", para valorizar o Centro da Capital.
Para um cara que não tinha o que fazer na opinião de muitas pessoas, até que ele conquistou muitas coisas.
Abraços!!!

O Ubernauta e seus feitos

O Ubernauta, todos o conhecem como um homem que resolveu sair por ai e redescobrir Curitiba, a capital paranaense, que também já foi a Cidade Sorriso...hehehe, Capital Ecológica, Cidade das Flores e por ai vai.
Mas saber que um homem como o Ubernauta já ganhou alguns prêmios importantes, lançou vários livros e já concluiu faculdade é para poucas pessoas. Em uma conversa com um conhecido eu perguntei a ele se ele já tinha ouvido falar no Ubernauta e ele me respondeu de forma simples e ligeira:
- Esse cara é aquele loco que resolveu sair pela cidade escrevendo e divulgando cada canto de Curitiba né.
Respondi a ele que sim, mas que o cara que ele chamara de louco, era formado e já havia escrito alguns livros. Foi ai que um outro amigo nosso respondeu:
-Isso é coisa de vagabundo, de um cara que não tem o que fazer mesmo.
Na próxima postagem colocarei uma pequena lista do que o Ubernauta já fez e conquistou.
Abraços!!!

GENTE... SE ESCREVE "URBENAUTA"

O nome urbenauta vem da junção dos radicais latinos urbe = cidade/ nauta = aquele que viaja. O Urbenauta é um aventureiro urbano, um desbravador de selvas de pedra. Arquetipicamente o urbenauta é um herói urbano que pretende chamar a atenção para as questões sociais, ambientais e culturais da vida urbana. Por isso, aqui se afirma que antes de habitar a lua, é preciso entender a rua. A idéia foi concebida pelo pesquisador e jornalista Eduardo Fenianos que, desde 1990, pesquisa a relação entre seres humanos, cidades, natureza e educação. Em 1996, Fenianos conversava com um senhor, durante uma de suas pesquisas. O homem se vangloriava em dizer que conhecia o mundo inteiro, que havia viajado pela Ásia, África, Estados Unidos, etc. Eduardo então perguntou se ele conhecia a rua que passava atrás de sua casa. O homem envergonhado disse que não. Vendo um vizinho sair do outro lado da rua, Eduardo perguntou ao mesmo homem se normalmente conversava com ele. A resposta também foi negativa, com o argumento de que hoje a nossa vida é muito corrida, sem tempo para conversas com vizinhos. O fato pitoresco, aliado ao perigo e desafio em que se tornaram as grandes cidades, ao total desconhecimento da realidade que nos envolve, ao desejo de aventura e de criar uma nova forma de educar para a cidadania e pesquisar cidades, levaram Fenianos a uma idéia única no mundo. Neste dia, teve a idéia de viajar dentro da própria cidade em que mora. Surgia a idéia e o primeiro urbenauta do planeta: Um Desafio Urbenauta. O que caracteriza a viagem de um urbenauta? Ele viaja dentro de uma cidade e não para uma cidade, sem dinheiro, sendo obrigado a comer e dormir na casa das pessoas pelos bairros em que passa, como se estes fossem países distantes. E assim, entrando na casa dos mais diferentes tipos de gente, ele consegue viver outras vidas e captar a realidade e o cotidiano que os cerca. Um urbenauta busca fazer intercâmbio cultural dentro da própria cidade em que mora e não somente em outros países, como normalmente acontece. Na Expedição por São Paulo, Eduardo permaneceu 4 meses sem voltar para casa. Neste período, por 13 dias, navegou os rios da cidade, fazendo análises ambientais e reportagens para o SPTV, da Rede Globo e a Rádio Eldorado. Nos 107 dias restantes, Eduardo conheceu todos os bairros de São Paulo, vivendo apenas com dinheiro para abastecer seu veículo, vivendo na casa das pessoas que encontrasse no caminho. Em 4 meses de expedição, comeu e dormiu em mais de 200 diferentes casas para captar a realidade e o cotidiano das famílias paulistanas. O primeiro resultado da expedição é o livro Expedições Urbenauta – São Paulo, uma aventura Radical. De suas outras aventuras, já foram publicados 40 livros, todos pela Univer Cidade, que são utilizados em sala de aula, como instrumento de conscientização e educação para a cidadania. Os números da Expedição Urbenauta São Paulo - 7440 minutos de gravações sobre a cidade em fitas digitais que serão transformadas em filme; - 3360 minutos de gravações em fitas cassete;- 7.920 fotos em slide; - Cerca de 200 km de navegação pelos rios Juqueri, Tietê, Pinheiros, Embuguaçu, Capivari e as Represas Billings e Guarapiranga; - 80 Km a pé dentro das Florestas da Cantareira e Serra do Mar; - 6.4420 km de urbenave; - 226,1 de navegação pelos rios;- Aproximadamente 200 km e a pé;- 4 pares de tênis.

domingo, 28 de outubro de 2007







Uma das redescobertas do Urbenauta na Região Metropoloitana de Curitiba foi o Caminho do Vinho, na Colônia Mergulhão, em São José dos Pinhais. Lugar bonito, com pessoas simpáticas, onde é possível provar deliciosos vinhos. Um ponto turístico que relamente vale a pena ser visitado!

Urbenauta viaja pela RMC

Diante do lema “descobrir as ruas para conhecer um mundo”, o Urbenauta, jornalista Eduardo Fenianos, fez um mapa das ruas da capital paranaense e da Região Metropolitana de Curitiba (RMC), mais especificamente dos municípios de Araucária, Balsa Nova, Colombo, Fazenda Rio Grande, Lapa, Piraquara, Quatro Barras, Rio Branco do Sul e São José dos Pinhais.
Todas as descobertas realizadas pelo Urbenauta foram reunidas em um livro, já lançado, que deveria ser consultado principalmente pelos moradores da cidade para que eles descubram pontos turísticos que nem imaginam que exista.


FONTE: http://www.diariopopularpr.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=22422&Itemid=48

sábado, 27 de outubro de 2007

Os fantasmas dos jornais

A Noiva do Cemitério. Era o tempo em que o Haroldo Perolla (Perolinha) ainda estava namorando. O Diário da Tarde, constantemente noticiava as aparições de uma "noiva fantasma" no Cemitério da Água Verde. Teria ela sido abandonada por um noivo fujão, morrido de desgosto e a partir de então fadada a navegar pelo mundo terreno em busca de um noivo que a acompanhasse eternamente? Mesmo os solteiros mais atiradinhos não pensavam em responder à pergunta e desviavam o cemitério nas noites de lua cheia, nova, minguante e crescente. Numas dessas luas, o Perolla voltava da casa da namorada e esqueceu de evitar o cemitério. Lá estava o véu da noiva tremulando no muro do cemitério. A coragem e a preguiça de retornar até a Iguaçu para encontrar com a Bento Viana o levaram a enfrentar a situação. Disse: "-Que seja o que Deus quiser!!"- e andou em direção à noiva. Deu alguns passos e a encontrou. O reflexo de um Jornal da Tarde atiçado pelo vento era o véu da "noiva fantasma".
Até hoje o Perolla se orgulha de tê-lo desvendado e o que é melhor, ter cortado um "baita caminho".

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Lendas urbanas
Esta história que encontrei no site do Urbenauta é semelhante a "Loura Fantasma" do Cemitério do Abranches que ocorreu na década de 60. Recentemente a Revista RPC divulgou uma matéria que desmascarou a história do fantasma do Abranches. Parece incrível que os as almas penadas só aparecem nos jornais antigos. (pelo menos não tenho lido histórias semelhantes nos dias atuais)
Em 1997 eu morei na Rua Professor Assis Gonçalves no bairro Água Verde e posso afirmar, os "moradores" dos cemitérios são os melhores vizinhos que tive até hoje. Eles não fazem farofada e nem tocam pagode à noite, (como uma vizinha que eu tive). Da janela da casa eu via quase todo o cemitério. À noite andarilhos moribundos dormiam sobre os túmulos e alguns cachorros uivavam ao brincar de labirinto.

Quando tudo começou... 3 de outubro de 1997

O pesquisador e escritor curitibano Eduardo Fenianos, 26, iniciou ontem ( 2 de outubro de 1997) o projeto "Volta em Curitiba em 90 Dias". Ele vai passar três meses "viajando" pelas 8.124 ruas nos 75 bairros da cidade.Fenianos saiu da praça Tiradentes, marco zero da cidade, em um jipe equipado com bússola eletrônica, computador portátil, telefone celular, fax-modem e frigobar.Ele passará os primeiros dez dias nos cinco rios de Curitiba. Durante esta etapa, usará dois botes, com acompanhamento de soldados do Corpo de Bombeiros.Durante os 90 dias, Fenianos gravará imagens para produzir um documentário de 40 minutos, em 16 mm, e colherá depoimentos da população para escrever um livro.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Marco Zero


Você já deve estar perguntando: “ Mas que diabos é este Marco Zero?” “O que ele significa para a cidade?” No caso de Curitiba, o Marco Zero tem dois significados. Além de ser um marco geográfico, pois dele são marcadas todas as distâncias de Curitiba em relação a outras cidades, ele também é um marco histórico pois nesta região foi fundada Curitiba em 29 de março de 1693.

Oficialmente foi nesta data e neste local, que Mateus Martins Leme, esse que dá o nome à rua Mateus Leme, se reuniu com os poucos moradores elegeu seis vereadores, como exigiam as Ordenações Portuguesas e fundou, ou seja, fez nascer a da Vila de Nossa Senhora da Luz e Bom Jesus dos Pinhais, hoje Curitiba.

Há também uma bela lenda sobre a região da Praça Tiradentes. Conta uma lenda que os primeiros desbravadores portugueses que chegaram à região de Curitiba instalaram-se na região do Atuba em busca de ouro. Como o ouro era escasso, decidiram se mudar e para isso pediram a ajuda do Cacique dos Campos de Tindiquera, que depois de muita procura fincou uma lança no chão, onde hoje é a Praça Tiradentes, e disse: “Taki Keva Kur yt yba”,

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É Ubernauta... O Marco Zero está bem no centro de Curitiba, eu passei ali e tirei umas “fotinhos” desta pedra tão despercebida pelos pedestres, apressados durante o dia. E a noite... Madrugada... Pobrezinha da pedra serve de encosto para prostitutas, bêbados, mendigos, estão sempre encostados naquela pedra tão importante, curtindo seu porre pela madrugada adentro... Até caírem. Nem respeitam aquele monumento histórico na praça. Mas tantos e tão bêbados. Que de tão bêbados... Ao menos um... Já deve ter ouvido numa destas madrugadas frias e cheias de neblina a pedra de mais de 350 anos imóvel representando o Marco Zero da cidade falar ao ouvido de um bêbado quase caindo de tanta cachaça:

TakiKévaKurytybáauúúÚÚÚÚÚÚÚÚÚÚ
Uma curiosidade para os fanáticos pelo futebol.

Estava olhando o site do urbenauta e isso me chamou a atenção. É algo com sentido, porque chamar o outro estádio de chiqueiro e outras coisas mais? tudo bem que são coisas do futebol...

Baixada
Assim como o torcedor atleticano chama o Couto Pereira de Chiqueiro, o torcedor coxa-branca também chama a baixada de chiqueiro. Mas será que ali já foi um chiqueiro? Se fosse para levar em consideração o histórico do local, o correto seria chamá-lo de "banhado". Não se têm notícias de que algum dia tenha existido ali uma pocilga ou chiqueiro. O fato da sede estar localizada num declive alagado do Rio Água Verde, onde se formava um imenso banhado, teria definido o nome baixada. Nesse mesmo lugar, em 1914, foi construída a primeira sede do Atlético. Esse local hoje abriga a Arena. Já o nome Joaquim Américo Guimarães é uma homenagem ao primeiro presidente do Internacional Foot Ball Club que ao unir-se com América Foot Ball Club fez nascer em 1924 o Clube Atlético Paranaense.

Livro Almanaque São Paulo - EDUARDO EMILIO FENIANOS

Neste livro, fruto das pesquisas e busca de imagens do ubernauta Eduardo Fenianos, a proposta é desvendar a cidade divulgando sua realidade e sua história para os próprios paulistanos, para o Brasil e o Mundo.
Editora: UniverCidade
Ano: 2006
Edição: 1
Número de páginas: 158
Acabamento: Brochura
Formato: Grande
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Informaçõe do site Submarino (www.submarino.com.br)

Marcas da Violência 2

Outro vídeo reportagem (TV RPC)...



Marcas da Violência

"Ação de pintura na Praça Zacarias registrando as 28 mortes ocorridas em Curitiba nos últimos 15 dia ".

Manifestação de um casal curitibano contra a onda de violência na capital paranaense.

Bigode bem bolado




Estava eu voltando do meu almoço quando me deparo com um reluzente bigode branco fixado no busto que pertence ao Memorial Árabe, no centro de Curitiba. Mais precisamente na esquina das ruas Luiz Leão e João Gualberto, próximo do Passeio Público, com suas prostitutas e idosos jogando xadrez, e do Colégio Estadual do Paraná com sua juventude desvairada.
Quando olhei de longe achei genial. Cheguei perto para tomar a foto e achei mais lindo ainda! Além de ser um bigode bem pensado ele está preso com uma tira de elástico que dá volta na cabeça deste senhor, no mínimo, importante... afinal não é qualquer um que ganha um busto cercado por água em pleno centro de Curitiba.

Esta é uma intervenção um tanto quanto bem bolada. Me atreveria a dizer que quebra com alguns padrões de manifestações urbanas. Esta, da foto, considero mais positiva, irreverente, e distinta da, lamentável, pichação que toma conta das nossas cidades.

Edi e o Ubernauta


Foi engraço...foi na hora do almoço! La fui eu, como todos os dias, almoçar na casa da minha Tia (que fica na casa atrás da casa em que trabalho).

No dia anterior o professor Rafael havia comentado sobre o Ubernauta, pois bem quando me sentei para comer um arroz com feijão, saladinha humm todas aquelas coisas boas que a Edi sempre faz, a mulher não me solta :

- Luana você ja houviu falar do Ubernauta?

Hehehe fiquei pensativa, a Edi trabalha a anos com a gente desde uns 14 anos ja trabalhava com a minha vó paterna, uma figura de mulher , estudiosa sabe falar de tudo que vc imaginar.Pois então, respondi que sim que ja conhecia, e não por o professor ter comentado sobre..mas conheço desde que eu tenho uns 8 anos de idade eu acho.

Quando estudei na Escola Anjo da Guarda tinhamos aulas de vídeo, toda a semana, assistiamos vídeos e faziamos trabalhos sobre eles, e um desses tantos vídeo foi sobre o Ubernauta.E desde la conheço a história de um cara que resolveu viajar por dentro da nossa Cidade, viajar por lugares de Curitiba que jamaiz imaginamos que existe, que quando a gente viu no vídeo nem imagina que é a cidade em que moramos, lugarzinhos que parecem outro Estado mas não é mesmo a nossa capital, a capital ecológica.

Uma coisa eu não me recordava e a Edi me contou naquela converça. O Ubernauta pede abrigo por nesses lugares por onde passa, pede comida, um lugarzinho para durmir, e assim além de regiões de Curitiba, ele conhece também o povo dessa cidade, pessoas que moram tão perto e ao mesmo tempo estão tão longe da nossa realidade.

Em fim o mais engraçado foi a felicidade da Edi ao me contar que não somnte escutou o Ubernauta no rádio, como ligou para ele!! HAHA achei muito bacana, ela me contou com um intusiasmo de fã. Eu questionei :

- Mas você ligou mesmo para o cara?

Ela respondia:

- Clarooooo que liguei, falei com ele foi muito legal!

Coincidências ubernauticas.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Turismo Alternativo

Viajar pela própria cidade, ser turista no quintal do vizinho, conhecer as ruas nas quais circulamos na correria diária. Parece estranho, mas a idéia do Urbernauta seria bem aceita se as experiências de uma viagem pudessem estar não somente ligadas ao consumo mas principalmente ao conhecimento e ao descobrimento.
Caetana Pinheiro ao ouvir o trecho do livro em que o aventureiro responde sobre o porquê viajar na sua cidade, a arrumadeira interrompe a leitura:
Faço isso com meus meninos aos domingos...
Faz o quê Caetana?
Viajo por Curitiba
Como?
De ônibus, gasto três reais e vamos passeando pelos terminais nos domingos depois do almoço, assim posso mostrar a cidade pra eles e falar das ruas por onde já andei, as casa onde trabalhei, mostrar a Catedral e as praças, de como a cidade era antes e de como está agora...
Sou pobre, mas até para o pobre a vida passa e tenho muitas histórias para contar.
Passo por parques e teatros, bosques e vilas. Não descemos mas a criançada vê tudo, da janela do ônibus.
E eles ?
Adoram, paramos sempre em algum terminal pra fazer um lanche e depois voltamos.
Nosso turismo é dentro de nossa cidade, faço isso para não deixar eles a toa no final de semana e também abro a cabeçinha deles.
Essa é a Curitiba Alternativa

2º dia - Domingo - 02/04/2006

Dormi como um rei no Mabu e depois disso, pra variar, tomei um café de rei. Não como muito no café, mas como não sabia se teria almoço ou jantar, comi muuuuiiiiito.
Pela manhã, segui para a região da Guadalupe. Peguei o final da missa. Vi pessoas saindo radiantes. Depois segui pesquisando as ruas José Loureiro e Pedro Ivo. O centro no domingo é um lugar calmo, silencioso e solitário.
De tarde voltei para a Tiradentes. Primeiras Impressões: ao lado da Cruz Machado é escura e mal cuidada. O chão é feio. É a praça com a maior reunião de desocupados que vi até o momento, nesta viagem.
No mundo urbano, há uma relação estética entre o local e quem o usa: Ou seja, uma praça mal cuidada receberá quem gosta de praças mal cuidadas.
Adoro a natureza, mas o excesso de árvores deixa a Tiradentes escura. A elevação das ruas sobre a praça a diminuiu, a deixou pequena e esquecida, frente à sua importância para a história da cidade.
Assisti à missa das seis na Catedral. Belíssima e com segurança garantida. O policiamento é bom e, apesar de haver os chamados maloqueiros na região, há muito mais chances de sofrer um seqüestro relâmpago em qualquer rua da cidade do que ser assaltado na Tiradentes.
Consegui local para dormir na Tiradentes mesmo. Edifício Santa Rosa. Apartamento do Téo e da Paula. Muito obrigado. Amanhã tem mais viagem.


Eu fiz um recorte dos relatos da Viagem ao Centro de Curitiba feita por esse “maluco” Urbenauta, escolhi o segundo dia onde ele passou por regiões conhecidas da cidade e bem mal cuidadas por sinal, Guadalupe e Praça Tiradentes. Quem nunca passou por esses lugares e não teve a mesma impressão de abandono?

sábado, 20 de outubro de 2007

Urbenauta - Contos de Cemitério

Era o tempo em que o Haroldo Perolla (Perolinha) ainda estava namorando. O Diário da Tarde, constantemente noticiava as aparições de uma "noiva fantasma" no Cemitério da Água Verde. Teria ela sido abandonada por um noivo fujão, morrido de desgosto e a partir de então fadada a navegar pelo mundo terreno em busca de um noivo que a acompanhasse eternamente? Mesmo os solteiros mais atiradinhos não pensavam em responder à pergunta e desviavam o cemitério nas noites de lua cheia, nova, minguante e crescente. Numas dessas luas, o Perolla voltava da casa da namorada e esqueceu de evitar o cemitério. Lá estava o véu da noiva tremulando no muro do cemitério. A coragem e a preguiça de retornar até a Iguaçu para encontrar com a Bento Viana o levaram a enfrentar a situação. Disse: "-Que seja o que Deus quiser!!"- e andou em direção à noiva. Deu alguns passos e a encontrou. O reflexo de um Jornal da Tarde atiçado pelo vento era o véu da "noiva fantasma". Até hoje o Perolla se orgulha de tê-lo desvendado e o que é melhor, ter cortado um "baita caminho".

Escolhi este texto do sr. Urbenauta, pois trata de um dos mitos mais recorrentes das histórias urbanas: a noiva do cemitério. Não é mágica a contraposição de busca do amor, através do enlaçe matrimonial e sua decorrente finitude em morte trágica? Na seqüência, o personagem desmascara a fraude apontando ser o véu uma mera edição do jornal verspertino. Estranho. Vale o confronto casamento e abandono.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

E O POVO Ó.....

UTILIDADE PUBLICA - NOVAS PLACAS DO ESTAR.
PRESTEM ATENÇÃO NAS NOVAS PLACAS DO ESTAR (ESTACIONAMENTO REGULAMENTADO)
EM CURITIBA, ANTES ERA FÁCIL DE IDENTIFICAR, TÍNHAMOS AS PLACAS VERDE
(VEÍCULOS COM CAPACIDADE ATÉ 1.8 TON. ). E AS PLACAS LARANJA (CARGA E
DESCARGA ACIMA DE 1.8 TON)
MAS AGORA COMPLICOU!
AS NOVAS PLACAS SÃO BRANCAS COM PEQUENOS DETALHES QUE IDENTIFICAM AS
CATEGORIAS, VERDE E LARANJA.
MAS O PIOR DE TUDO É QUE A CATEGORIA VERDE ESTÁ SUB-DIVIDIDA EM:
1 VERDE: ONDE TODOS PODEMOS ESTACIONAR.
2 VERDE: EXCLUSIVO PARA MAIORES DE 65 ANOS
3 VERDE: EXCLUSIVO PARA DEFICIENTES
OU SEJA, COM TRÊS CATEGORIAS DE VERDE, AO ESTACIONAR PROCURE TER CERTEZA DE QUE NÃO ESTÁ INVADINDO O ESPAÇO DESTINADO AOS IDOSOS E AOS DEFICIENTES.
NÃO QUE SEJA ERRADO PRIORIZÁ-LOS, O ERRO (SERIA ERRO MESMO?) ESTÁ EM
COLOCAR PLACAS TÃO SEMELHANTES QUE ACABARÃO POR RESULTAR EM PESADAS
MULTAS.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Policiais Assaltantes

Certo dia eu estava voltando à noite para casa da aula, quando vi um movimento muito estranho, parei em um lugar escuro e fiquei observando...
Uma viatura policial desceu a rua transversal com as luzes apagadas. Será que estavam à procura de um bandido?
Perto dali um senhor muito bêbado que mal conseguia andar se esforçava carregando uma bicicleta velha.
Os policiais desceram da viatura, falaram com o pedestre e jogaram a bicicleta no buraco. Bateram bastante no bêbado, tiraram a carteira dele do bolso, jogaram o homem sobre a bicicleta e riam ao dividir o dinheiro do moribundo.
Vocês conseguem imaginar este senhor chegando a casa dele, ainda cheirando a álcool, todo machucado, contando que foi agredido e roubado por policiais?
É revoltante!!! Esta é a segurança que temos aqui em Curitiba...

Artista de rua

"Vou ali e volto já"! Ritmo de música do nordeste que chama atenção na rua XV de Novembro, em Curitiba. Uma dupla de repentistas atraí os transeuntes que passam em frente à Boca Maldita. Os dois homens tiram da sacola dois pandeiros e uma garrafa pet de dois litros de água. Começam a fazer um círculo e gritam "venham até o meio do círculo, venham". Os dois homens passam a batucar energicamente no pandeiro. Levantam as vozes no burburinho. Em pouco tempo várias pessoas se aglomeram em volta dos músicos, que ficam envolvidos pela embolada nordestina.

Em rimas construídas com rapidez de corisco, os pernambucanos Pardal da Saudade e Ivan Embolador elaboram em poucos, uma crônica arguta sobre tudo que está acontecendo ao redor. "Esse rapaz está desempregado/ parado nos observando/ com litro de pinga na mão/ agarrado na placa/ para não cair no chão", Embolador provoca um rapaz que diz ser de Minas Gerais.

Pardal puxa da sacola uma amostra do CD gravado por eles. "Quem quiser comprar o nosso CD que, não é pirata, é apenas R$ 10,00". Um rapaz grita – "quero um, por favor". Tira da sua carteira R$ 20,00 e Pardal diz a as pessoas – "o jovem gostou tanto do CD, que deu o dobro". Após agradecer a atenção, na pura linguagem tradicional do canto nordestino, os dois se despedem do público e vão para outro lugar se dissolvendo na paisagem da cidade. As pessoas se dissolvem aos poucos, com o sorriso estampado no rosto, seguindo seus caminhos.

Dirceu C. dos Santos

O alternativo, a parte e o todo

Ser alternativo é propor distintas possibilidades de reflexão em meio às mesmices e aos tantos clichês ‘impostos’ por padrões sócio-culturais. É fazer emergir discussões sobre temas considerados oblíquos, geralmente negados dentro de um âmbito social. É promover uma mediação acerca de determinada ideologia desconhecida, a ponto de torná-la ‘notória’. É respeitar qualquer esfera de conhecimento ou de comportamento diferente das ‘habituais’. É conviver harmonicamente ao lado do ‘incomum’, deixando de lado pré-julgamentos. E é, acima de tudo, respeitar a posição das minorias. Afinal, tanto os grupos maiores, quanto os menores, são porções que fazem parte de um mesmo todo maior: a sociedade.

"O todo sem a parte não é todo
A parte sem o todo não é parte
Mas se a parte faz o todo, sendo parte
Não se diga, que é parte, sendo todo".


Salve salve um dos pioneiros da 'mídia alternativa', Gregório de Matos - o "Boca do Inferno".

domingo, 2 de setembro de 2007

O preço da sociedade

Dor e saudade. Estes são os sentimentos que a família Caron irá sentir por muito tempo. Por quê? Esta é a pergunta que a família Caron irá se perguntar por muito tempo. Justiça? Ela espera não ter decepções... Assim como muitos paranaenses que sentiram e se perguntam com o ocorrido esta semana na Capital Social...
Social pra quem? Isto sim todos deviam se perguntar. Segurança? Onde existe isso? As famílias de bem terão que pagar a conta das inúmeras vidas perdidas por falta de comando de todas as esferas de poder neste país. Ou simplesmente o poder das drogas impera por aqui?
Como dizia a música... Até quando esperar? Até se acostumar... O simples baseado defendido por alguns hipócritas levou a vida de uma menina de 18 anos. Quem agora vai dizer a família Caron que um simples baseado não faz mal a mingúem...
Quatro jovens apresentados... Uma vida perdida... Muita diversão... Muito choro... Esperança? Em quê?
Vivemos dias de uma guerra civil anunciada. A população necessita de repostas práticas. De soluções a serem vista a olho nu. Não podemos mais agüentar a sensação de saber de que um filho sai com amigos para sua diversão, e pode simplesmente não voltar.
Alguns adolescentes delinqüentes deste país acham tudo uma zona. Onde se pode fazer o que quiser e a punição será alguns dias em algum reformatório pago por nós mesmos. Onde eles se rebelam e queimam colchões, onde fazem reféns aqueles que ainda cuidam de suas vidas.
Pais, mães e a sociedade em geral precisam dar um basta nesta situação. Ficar em casa esperando a pior notícia não mudará esta visão que temos pela tela de nossas televisões. O perigo está ali fora...
Esperamos que os políticos deste país começassem a tomar as providências que devem ser tomadas para que esta guerra não estoure em suas cabeças. Porque a sociedade está cansada de pagar a conta... e pra ressaltar sua importância lembrem que eleições vem ai....
Vocês, políticos, podem ver a hora de pagar a conta... e com juros e correção monetária , como dizia alguém por ai.

Com a vida por fio, ou melhor, uma mordida

Nos últimos anos vários ataques de cães da raça Pit Bull têm levado pessoas à morte ou deixando as mesmas com graves ferimentos. Esta semana mais uma vitima fatal voltou a circular os noticiários por todo país, a menina Tainá Figueiredo dos Santos de apenas quatro anos, foi ataca pelos cães do seu vizinho e faleceu no hospital de Ubatuba.
O caso foi registrado na delegacia da cidade como omissão da guarda de animais e lesão corporal culposa. Com a morte da menina, será instaurado um inquérito e os donos dos cachorros podem responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. O Centro de Controle de Zoonoses da cidade foi acionado para decidir o destino dos animais.
Uma raça agressiva e com instinto para brigas de animais. O Pit Bull é considerado por muitos o melhor cão de combate, capaz de vencer outros cães duas ou até três vezes maiores. Coragem, agressividade, vigor, robustez, agilidade, incansável persistência, habilidade para lutar e morder, capaz de dar sete mordidas a cada 5 segundos, grande resistência física, tolerância à dor e grande capacidade de recuperação dos ferimentos, é objetivo e calculista e sua agressividade transpõe sua resistência óssea, causando até perda de dentes quando irritado, pois pode morder qualquer coisa ao seu redor, mesmo grades de ferro.
Especialistas esclarecem que todo Pit Bull pode surtar um dia e atacar o próprio dono. Quando traça um alvo, ele precisa exterminá-lo. É considerado um animal assassino. É uma raça que foi modificada geneticamente para produzir cães de combate.
Na esfera Cível, de acordo com o Novo Código Civil Brasileiro - Lei 10.406 de 11 de janeiro de 2003, Art. 936: O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior. Perdas e Danos: indenizações por gastos médicos, hospitalares, cirúrgicos para com a vítima. Art. 402: Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidos ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.
Precisamos saber é quando a Lei será cumprida, e mais além, quando os seres terrestres donos de tais criaturas resolveram ter um cuidado maior com suas bestas feras. Ou será que são iguais a seus comandados...

Depois...

A minha visão apocalíptica me faz pensar que a Parada Gay de Curitiba é sinal do FIM DO MUNDO.
Olha o que eu vi hoje na frente do Centro Cívico, e era dia claro de domingo 02/09/2007, Pasmei!!!








Com índios...


Meu fim de semana só pensei em incrementar o nosso site de notícias. E olhe o que deu:


Sábado conheci e fiquei amiga de uma indiazinha de 15 anos, na Ilha da Cotinga, Comunidade dos Indios Guaranis. Ela é tradutora das mulheres e crianças da tribo, fala duas linguas: A lingua materna que é a Guarani, e lingua Portuguesa.

Histórias de “bonde”

- Sério! Mas eu falei com ele e pelo jeito vai rolar...
huahuahuahuahuahua
E o negócio lá da firma deu certo? Puxa, que bom, mas não esquenta a cabeça que com aquelas paradas é susse... hahahahaha

Quinta-feira, 22h15, saída antecipada da faculdade, o ônibus não estava tão lotado. Uma voz feminina narrava a conversa acima, que dava para ser ouvida de qualquer lugar no ônibus. Uns três quilômetros de percurso e a conversa continuava:

- Não, não sei o que vou fazer ainda não, mas a gente vai se falando...
huahuahuahuahuahua

E com tantas gargalhadas e conversas chamando a atenção, talvez não pudesse deixar de acontecer. Um rapaz que estava logo atrás começou a imitá-la com as gargalhadas. Depois participou da conversa como se fosse com ele que ela estava falando. Pronto! O espetáculo estava montado. Todos no ônibus começaram a olhar para os dois. Por alguns momentos o rapaz se conteve de vergonha, mas a moça que estava falando no celular era como se nem tivesse percebido que estavam tirando sarro dela.

No destino final, cerca de cinco quilômetros de percurso, onde todos os passageiros devem desembarcar, houve algum temor:

- O rapaz, se a mulher vier tirar satisfação era você que tava zuando. Livra o meu!

E a conversa no celular continuou, talvez em um tom mais baixo, ou simplesmente foi confundida com a algazarra dos transeuntes do terminal. Todos se dispersaram, pois cada um foi para seu ponto de ônibus. A moça faladeira que não se importa em chamar a atenção e nem com as sátiras dos outros foi esquecida em meio a correria para não perder a hora. Talvez alguém se lembre do que ela fez algum dia, ou quem sabe, mesmo sendo tão chamativa, já tenha caído no esquecimento...

O guardador de carros

Nilton Lourenço tem estatura mediana, barriga avantajada e pele escura. Todo final de semana há sete anos sai de Almirante Tamandaré com destino ao Jardim Botânico para cuidar de carros. Na cidade vizinha, trabalha regularmente como ajudante de pintura. O trabalho extra garante entre R$ 100,00 e R$120,00.

Qual é o público do sr.?
Olha mais gente de fora. Turista.

E como são os curitibanos?
Rapaz, a maioria é mão fechada. Mas tem uns que ajudam.

E o sr. cobra adiantado pelo serviço?
Não, não dá porque tem gente que paga 1 real, 2 reais, até 5 reais pagam. Então deixo por conta deles mesmo.

E muita gente vai embora correndo sem pagar?
Ih, bastante.

O que você faz nessa situação?
Não dá pra fazer nada. Não tenho como sair correndo atrás, mas dá vontade.
Trânsito neste domingo em frente ao Jardim Botânico

O porteiro do Jardim Botânico

Antônio da Silva, 59 anos, morador da Vila Trindade, no bairro Cajuru. Vinte deles passou trabalhando para a prefeitura. Só no Jardim Botânico está há 12 anos. Trabalha todos os dias, menos aos sábados. Abre os portões às seis da manhã; larga o expediente às 2 horas da tarde. Para incrementar a renda Antônio faz serviços de jardinagem.

Então sr, como é trabalhar aqui?
Gosto muito daqui, é tranqüilo.

E como é o pessoal? Os chatos fazem o quê?
A maior parte do pessoal não dá problemas. Vem, olha, anda e pronto. Mas tem gente que não entende que aqui é um Jardim Botânico. Não é um parque. Então o que acontece, é gente querendo entrar de bicicleta, com os cachorros, jogar bola. Daí a gente explica, sabe?

Tá. E já aconteceu algo interessante?
Vixe e como. Duas semanas atrás mesmo briguei com um cara aí.

Ah é, e por quê?
Ah, tem uns caras que ficam debaixo da ponte ali olhando as calcinhas das mulheres (aponta para a ponte sobre o lago artificial) quando tá quente. Eu passei por ali e o cara me perguntou o que eu estava encarando. Eu disse que nada. Depois ele saiu e ficou do outro lado da rua me xigando de corno, fedaputa. Daí eu sai, e fui lá. Se atracamos bem ali (mostra o canteiro no meio da rua).

E aí, ganhou a luta?
Dei umas porradas, como também levei.

Poty Lazzarotto

Quem nunca andou por Curitiba e já não viu os painéis criados por Poty Lazzarotto? Poty, nascido em Curitiba a 29 de março de 1924 foi, sem dúvida, o maior artista plástico paranaense do século 20. Era um mestre em todos os sentidos. O patrimônio histórico deixado por ele deve ser preservado por todos os cidadãos. Sua genialidade deve ser estudada por qualquer um que queira seguir nessa linda profissão. Obrigado Poty.


Foto: Caixa d'água do Alto da Rua XV





Bosque de Portugal

Lugar onde pessoas caminham ou correm. Cresci observando as mudanças desse bosque, pois fica perto da minha casa. Nessa jornada de 10 anos em que observo as características desse ambiente, percebo que muitos freqüentadores optaram praticar seus exercicíos em outros parques. O motivo está no e no mau cheiro de um dos afluentes do rio Belém, que em dias de calor fica de pouco grado. Odor moderadamente azedo que espanta qualquer patricinha aqui do bairro: "Ai vamos andar rápido que esse cheiro está me deixando enjoada", uma amiga se queixando do aroma vindo da natureza afetada pelo homem. No entanto, apesar da fedentina gosto de lá e há dias em que isso se torna imperceptível.
É numa ponte que reúno o pessoal para conversar. Não preciso ir longe para estar com a natureza.

Por fim, não deixem poluir o parque do seu bairro, valorize-o. Dê vida a ele.

sábado, 1 de setembro de 2007

O cheirinho do verde em nossas narinas...

Caminhar pelos parques de Curitiba é padecer no paraíso. Você se impressiona com a limpeza e o verde exuberante. As crianças sempre sorrindo, saltitantes e serelepes com seus algodões doces e saquinhos de pipoca. Os patos do parque do Bacacheri e os jacarés do Barigüi completam estas lindas paisagens. Porém, ao anoitecer, coisas estranhas começam a acontecer. Aquelas brasinhas numa roda de 3, 4 , 5 pessoas aumentam e diminuem o tempo todo. O que será? Um vaga-lume? Não. Vaga-lume é verde. Para descobrir, basta se aproximar da roda. Um cheiro de bosta de vaca queimada logo irá penetrar em suas narinas. Mas o que você pode fazer? A própria polícia faz vista grossa. A maioria dos fumantes da "erva natural" são menores de idade. Prender não adianta. O negócio é deixar rolar e ver o que acontece.

Foto tirada no Parque Tanguá.

As coisas simples

Domingo passado participei, como voluntário, de um evento organizado pela entidade que trabalho. Oito horas da manhã cheguei à associação, primeiramente a minha função primordial seria divulgar a área de atuação, os serviços e realidade atual da ONG, para o público que prestigiou o evento.

Nessa comunicação externa distribuiria o informativo institucional e conversaria com as pessoas sobre como tinham sido informadas sobre o bazar de importados da Afece (Associação Franciscana de Educação ao Cidadão Especial). Porém, além de executar a atividade de comunicador, trabalhei de tira dúvidas e vendedor. O interessante de realizar essas funções é poder observar as diferentes reações das pessoas. Na divulgação as pessoas se sentem em situações invasivas e acabam, poderíamos dizer, fugindo. Na área de vendas querem, logicamente, alguém que os atenda rápido para irem logo embora da “muvuca” que estava esse dia, na sede administrativa da entidade no Tarumã. Estranham se o vendedor fala demais e não gostam se falam pouco. Resumindo dois setores que enfrentam dificuldades para agradar a todos.

Opa, mas a atividade de tira dúvidas é uma beleza (risos), se você conhece a instituição e sabe passar as informações, os agradecimentos são diversos: - “Pô valeu mesmo brother” ou “Muito obrigada, você é muito querido”.

É, às vezes funções simples, são as mais valorizadas e recompensadas.

Valorize-as.

Na realidade isso é um aspecto lógico, mas é um bom registro.

Diego Binder

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Fumódromo em Curitiba



Um lugar para poucos. È o que muitos não fumantes desejam.

A Câmara Municipal de Curitiba deve ser o único órgão legislativo no Brasil que reservou um espaço para os que gostam de “pitar” de vez em sempre.



O lugar parece uma praça, possui os banquinhos, pintados de branco, para dar um ar “clean” e até plaquinha para os que não sabem onde estão.

Curitiba inova e sai mais uma vez na frente das outras capitais. Será que vão começar aprovar projetos para o povo em mais uma jogada inédita no país?


Será?

A TV é uma bunda ou uma bunda é como a TV?



Questionamento postado. Diga sua opinião!

A TV é como a bunda, só passa merda?

OU

A Bunda é como a TV, todo mundo olha, não importa o sexo, admira e até pára pra ver?

Local da foto: grafitti expressado em um grande muro perto do Colégio Estadual.

Faces coloridas da cidade cinza?



Muitos dizem que Curitibano é um povo fechado.
Aí estão algumas caras coloridas.
Será que elas chegam a animar a cidade cinza...pinte sua face e descubra
Local da foto: numa esquina qualquer bem próximo da reitoria no centro da cidade em questão

Literatura Paranaense e o Catatau de Paulo Leminski

Concordo em gênero, número e grau com a cara colega Luana, Paulo Leminski é um ícone da cidade. Aliás, qual é a identidade literária de Curitiba? Tivemos poetas tão rechonchudos como insignificantes, por exemplo, Emílio de Menezes. A quem encontrar uma obra dele, onde quer que seja, dou um geladinho de limão. Bom, não é?
O texto está saindo assim, saído, porque fiquei sabendo que era para torná-lo alternativo, dando-lhe adornos mais arejados.
Voltando à identidade cultural de Curitiba, apenas dois autores daqui figuram em pé de igualdade com o que há de melhor no País: Dalton Trevisan e Cristovão Tezza.
Conheço o Cristovão e tudo, não pessoalmente a ponto de ele saber meu nome, mas porque vi duas palestras dele. Coloco-o na reduzidíssima lista, pois, a mídia vem falando bem de seu último livro, no qual traz à tona a angústia de pai de um deficiente físico. O que já li dele, porém, não me entusiasmou tanto, 'O Trapo', com o perdão do trocadilho, é feito dos mesmos farrapos que o título sugere.
Dalton Trevisan, por outro lado, é inquestionavelmente o grande autor da cidade. Narra o que poucos vêem, ou o que todos vêem e não narram. Como era o Rio de Janeiro de João Antônio, dos pobres desdentados, dos sujos, bêbados, tarados, assassinos, e dos cruéis. Quem não se lembra da história da reportagem que o Valdir fez sobre ele? Trevisan deve ter sido um dos poucos escritores locais a ter os textos traduzidos em outras línguas. E por que será isso?
Pode ser por não usar o rapapé que tanto critica, empregado pelos '10 mil imortais da Academia Paranaense de Letras', diria ele.
Mas para explicar o sucesso de Dalton é preciso recorrer à frase batida do escritor russo Liev Tolstói "Canta sua vila e será universal", e assim ele é.
Gostaria de deixar pano para as mangas. Quem sabe alguém pode me refutar. Aliás, conheço mais gente que não gosta da literatura do sr. Trevisan do que o contrário.
Encerrando, lá vai um excerto do livro Catatau de Paulo Leminiski, um curitibano tranqüilo, que computou entre suas amizidades Caetano Veloso, Alceu Valença, Haroldo Campos, Pedro Xisto, entre outros. O livro é um extensíssimo paragráfo único de 269 páginas. No léxico do autor está o latim, holandês antigo e várias outras línguas. É para não dizerem que não tivemos (paranaenses) um Guimarães Rosa, né? Transcrevo à guisa do livro.

"O Triunfo dos Trouxas. A Quarta Fachada. A Jurisdição dos Brutamontes. A Ferrosimilhança dos Destalhes. O Percurso das Calamitates. Impulso para a queda. O engraçado mora longe. Atalhou a modo de exemplo: adonde?"

O Bandido que Sabia Latim



Fiquei pesando em o que postaria hoje, e mais o que postaria hoje sobre Curitiba, a Curitiba Alternativa..assim como é nossa proposta!


Bom pensei em lugares..personagens...fatos, algo que identificasse a maneira que percebo essa Curitiba, e nas minhas andanças pela internet me deparei com um personagem que gosto muito e que representa muito essa Curitiba, aliás ele representou ..e ainda representa!


Paulo Leminski...poeta curitibano e que entendia essa Curitiba como poucos e hoje muito do alternativo se tem ele como referência na cidade, não apenas a pedreira onde acontece muitos shows...mas a poesia da cidade...achei um de seuspoemas e achei que identificava essa parte poeta em que eu sinto ..e que tem haver com muito da nossa Capital!

Digo isso porque li uma das melhores biografias que ja tive oportunidade de ler...e é sobre esse cara, e minha opinião é que todos aqueles que são ou vivem aqui deveriam ler paraperceber esse poeta que viveu e deixou arte aqui!


Livro : "O Bandido que sabia Latim" de Toninho Vaz
Muito bom!!

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

A Praça dos Ratos


Enquanto de dia os pombos fazem aquela sujeira e transmitem doenças pelas ruas e praças da cidade, à noite quem os substitui são os ratos. Acredito que essa invasão de roedores deva existir em várias regiões do Centro de Curitiba, mas chamo atenção para a Praça Carlos Gomes.

Lugar esse que eu passo diariamente para ir trabalhar (de madrugada) e me deparo com “Mickeys”, “Minies” e “Jerrys” passeando tranquilamente entre as palmeiras e arvores da praça. Carregando restos de lixo ou de comida eles parecem tão à vontade que não ligam para a presença de pessoas que passam ou estão nos pontos de ônibus.

Mesmo com as limpezas realizadas pelos Garis, que recolhem os lixos, e a lavagem que é feita nas calçadas, os ratinhos e as ratazanas (umas bem grandes por sinal) sempre estão pelo local tornando-o muito desagradável. Alguma atitude deve ser tomada pela prefeitura, quem sabe um exército de gatos não acabaria com os roedores da Praça “Ratos Gomes”?

A Poucos Metros




Começa mais um Domingo, dia de descanço para muitos, mas existem pessoas loucas por aventura que pontualmente as 7 horas da manhã saem em uma jornada alucinante, com mais ou menos 30 Km de asfalto e mais alguns de estrada de terra, se afastando da capital, encontrando-se nas beiradas da cidade, curtindo a natureza e com a vista de lugares "estranhos" para esse povo que vive nas trilhas urbanas.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Quente ou Frio?

Semana passada para o Dossie Digital, para quem não sabe o site de notícias que estamos produzindo, fiz um editorial sobre o sobe e desce da temperatura desta cidade!
A capital social esta uma loucura!
Um dia vemos mulheres com decotes caminhando pelas calçadas,homens com bernudas e uns até sem camisas e no dia seguinte os mesmos homens e as mesmas mulheres..aquelas de decotes com cachecol, sabe?e aqueles homens de bermuda agora estão todos encasacados!

Questionei São Pedro!! São Pedro da pra decidir como o tempo vai ficar??...

Mas a loucura não é de um dia para o outro pode ser no mesmo dia....Podem estar de cachecol até perto das onze horas da manhã, após esse horário pronto!!Já podem colocar os decotes a mostra.
Curitiba a cidade de muitas estações em um dia só, já virou ditado por ai esta frase!
Regras para se viver com o clima da capital ecológica: Primeiro saia bem agasalhado pela manhã, dois por baixo esteja com uma blusa fresquinha para quando esquentar perto da hora do almoço, três é sempre bom ter uma sombrinha na bolsa ou um guarda chuva nunca se sabe se poderá chover(que aliás estamos precisando dela por aqui) e quarto e último se prepare para novamente o frio da noite que ele vêm com tudo!
Hoje o invernooo chegou com tudo depois de um final de semana de calor e sol, acho que Sâo pedro contribui este final de semana para que o Boteco Bohemia fosse um sucesso, acho que ele é compadre da Paula Lima , aquela que tem o guarda chuva!Humm suspeito em São Pedro?
Em fim Curitiba de Domingo CALOR e Segunda- feirda de FRIO!
Cultive todas as peças do seu guarda roupa!

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Periquito não dá só em árvores

Andar pela praça Rui Barbosa sem ouvir os periquitos cantarolando nas árvores é extremamente difícil. É impossível não perceber a algazarra dos pássaros no centro da cidade. Cantam bonito e voam como se estivessem dançando.

Mas Curitiba conta também com outra espécie de periquitos. Eles trabalham de segunda a sexta nas ruas da capital e estão em todos os locais. Esses são passíveis de ficarem despercebidos, pois não cantam, só escrevem e às vezes resmungam. Basta parar em local proibido, estacionar sem comprar o cartão do Estar ou demorar um pouco além do imaginado na fila do banco a ponto do Estar vencer que nunca mais você vai esquecer do arrombo na sua conta bancária que esses “pássaros” vão fazer. Isso mesmo, eles consomem dinheiro, mas teoricamente tudo para a melhoria do itinerário da cidade.

Antigamente era trabalho para mulher. Muitas crianças não sabiam ao certo para que elas serviam, mas uma coisa era certeza, não deviam ser do bem, pelo menos não para o bem dos pais. Agora já se vê um misto de homens e mulheres trabalhando na fiscalização do trânsito de Curitiba. A cor do uniforme também mudou, de um verde “periquito” para cinza, provavelmente proposital para que os agentes de trânsito percam o apelido de “periquita”.

É só parar com o carro por pouco mais dos 15 minutos permitidos na Rodoferroviária para comprar uma passagem que lá se vê a periquita procurando o dono do veículo para que o retire do local ou simplesmente aplicando uma infração de trânsito. Se conseguir chegar aos exatos 15 minutos no carro você pode receber um simples sorriso amarelo, um sinal de beleza ou avistar as costas da periquita ou do periquito, que não largam os bloquinhos das mãos. E essas são algumas das mais diversas situações possíveis para se deparar ou se irritar com os periquitos da Diretran de Curitiba, que agora não são mais verdes como os das árvores, são cinzas.

Na calada da noite

Há quem a tema. Ou quem simplesmente não a conheça. Há quem faça mau juízo sobre ela. Ou quem, de longe, apenas a olhe pela janela.

Próxima ou remota, a noite impressiona. E exerce fascínio entre temerosos e encantados, convencionais e despojados, perdidos e achados, “apocalípticos e integrados”.

Sim, a noite fascina e reserva mistérios. Esconde situações perigosas, riscos inconvenientes, segredos indecorosos. Mas, ao mesmo tempo, expõe, em magnitude, a beleza de um céu estrelado, de uma rotina interrompida ou de uma cidade calada.

Durante o dia, o compasso é frenético. Mal se tem tempo para prestar atenção no cenário onde se desenvolvem as ações corriqueiras de um grande centro. Mas à noite, a quietação chega a ser mórbida. E, longe das possíveis badalações noturnas, o palco do espetáculo se torna vazio, deixando-se ser observado.

Não que não exista vida ou movimento durante a madrugada. Existe. Mas a evolução parece poética. E funciona em impressionante simetria.

É nesse momento em que se pode notar como as coisas estão, quase sempre, em seu devido lugar. Mesmo quando ocorrem os imprevistos previsíveis. “Até quando o corpo pede um pouco mais de alma”.

Caminhando como numa trilha, pode-se ver - com a calma que o dia não permite - o sinaleiro, a faixa de pedestres, o banco da praça, o Largo da “desordenada” Ordem. O cachorro-quente da esquina, o cachorro vira-lata atravessando a rua, a canaleta do expresso, o Homem Nu. O Centro Cívico, o bar da esquina, a menina dos olhos, o olho do museu. O bêbado olvidado, a ronda policial, o acidente de automóvel, o assassinato na meia-noite. A volta pra casa, a fuga de casa, a porta de casa, a casa.

Cada detalhe livre aos olhos de quem se dispõe a olhar. De quem, ao sair, não pensa em voltar. De quem se detém somente a observar. De quem não se deixa enganar: a noite não é terrível. A noite pode ser, apenas, misteriosamente fúnebre e surpreendente.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Curitiba é Alternativa, será

O que é alternativo? Hoje em dia nós temos música alternativa, pessoas alternativas, arte alternativa e mídia alternativa, este último será o assunto abordado neste blog. Serão aceitas sugestões, críticas e dicas sobre esse “universo paralelo” expressado aqui.
O conteúdo será produzido e atualizado por aspirantes ao jornalismo, ministrados pelo chefe, jornalista, mestre e cabeludo Rafael Schoenherr.
Mesmo você não sabendo do que se trata, participe conosco. Afinal, nem nós sabemos ao certo o que trataremos.
Vitor Costa