sábado, 27 de outubro de 2007

Os fantasmas dos jornais

A Noiva do Cemitério. Era o tempo em que o Haroldo Perolla (Perolinha) ainda estava namorando. O Diário da Tarde, constantemente noticiava as aparições de uma "noiva fantasma" no Cemitério da Água Verde. Teria ela sido abandonada por um noivo fujão, morrido de desgosto e a partir de então fadada a navegar pelo mundo terreno em busca de um noivo que a acompanhasse eternamente? Mesmo os solteiros mais atiradinhos não pensavam em responder à pergunta e desviavam o cemitério nas noites de lua cheia, nova, minguante e crescente. Numas dessas luas, o Perolla voltava da casa da namorada e esqueceu de evitar o cemitério. Lá estava o véu da noiva tremulando no muro do cemitério. A coragem e a preguiça de retornar até a Iguaçu para encontrar com a Bento Viana o levaram a enfrentar a situação. Disse: "-Que seja o que Deus quiser!!"- e andou em direção à noiva. Deu alguns passos e a encontrou. O reflexo de um Jornal da Tarde atiçado pelo vento era o véu da "noiva fantasma".
Até hoje o Perolla se orgulha de tê-lo desvendado e o que é melhor, ter cortado um "baita caminho".

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Lendas urbanas
Esta história que encontrei no site do Urbenauta é semelhante a "Loura Fantasma" do Cemitério do Abranches que ocorreu na década de 60. Recentemente a Revista RPC divulgou uma matéria que desmascarou a história do fantasma do Abranches. Parece incrível que os as almas penadas só aparecem nos jornais antigos. (pelo menos não tenho lido histórias semelhantes nos dias atuais)
Em 1997 eu morei na Rua Professor Assis Gonçalves no bairro Água Verde e posso afirmar, os "moradores" dos cemitérios são os melhores vizinhos que tive até hoje. Eles não fazem farofada e nem tocam pagode à noite, (como uma vizinha que eu tive). Da janela da casa eu via quase todo o cemitério. À noite andarilhos moribundos dormiam sobre os túmulos e alguns cachorros uivavam ao brincar de labirinto.

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