terça-feira, 4 de dezembro de 2007
Entre os brilhos da Capital
Muitas famílias que esperavam ansiosas o mês de dezembro para enfeitar a residência já não se empolgam tanto e preferem uma decoração interna mais elaborada. A moda agora é caprichar nos detalhes particulares da casa como a mesa, pratos e cortinas com detalhes natalinos.
Mas as lâmpadas que tanto encantam nunca ficaram de lado, mas também não deixam de receber o toque das tendências. As velhas e encantadoras luzes coloridas dão espaço ao glamour do brilho dos cristais que adornam as janelas e os jardins da capital.
Mesmo não sendo a Capital Nacional do Natal os curitibanos não deixam apagar o espírito natalino
Indiferença ao Diferente
Essa passagem é comum em nossas vidas, pelo menos nos dias de hoje, julgamos as pessoas pelo que vestem e pelo meio onde circulam se ao menos saber quem são. A verdade é que nem queremos saber quem são, não nos interessamos, apenas nos afastamos.
Nossa cidade abriga vários tribos que repelimos sem saber sua filosofia. Eduardo Fenianos em O Ubernauta retrata bem esse preconceito já costumeiro de nossa sociedade, nesse trecho do livro ele sente o arrependimento de seu errôneo julgamento. Os rapazes (supostos assaltantes) deixaram seu divertimento para ajudá-lo coisa que nem a empresa do guincho solicitada quis fazer.
Se não tivesse se assustado com os rapazes, na certa não teria quebrado o carro mais o acidente em sua viajem serviu também para quebrar sua idéia do diferente.
Transformação da Cidade
Com a chegada dos estudantes da Universidade Federal do Paraná, o Passeio era o local de ponto de encontros e reuniões e de estudantes e casais de namorados nos finais de semana.
Mas a decadência chegou aos portões que lembram o Cemitério do Cães em Paris e afastou o romantismo do primeiro parque da cidade. Prostituição e assaltos deixaram as famílias afastadas do espaço ecológico por onde corre o Rio Belém.
É a sociedade deixando seu espaço para vidas alternativas que transformam a cidade. O local de laser e diversão é tomado para outros fins e afasta sua idéia inicial.
Uma revitalização do espaço e maior policiamento mudaram o parque que novamente vem atraindo visitantes, mas a imagem descontruida do espaço ainda é presente em muitos de nós.
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
Diante dos olhos

O museu, invariavelmente, é, também, ponto de freqüentação noturna de vários grupos urbanos; um espaço democrático. À noite - e pelas longas horas da madrugada que se seguem -, alguns se reúnem para uma simples conversa, regada a risos e goles. Outros, se aventuram em praticar esportes (sim, à noite!) no gramado - um verdadeiro campo minado por cocôs dos cãezinhos que ali se infestam aos domingos. Há quem ainda apele para narcóticos e derivados alucinógenos proibidos. Sem contar os pares de namorados que... Enfim, os namorados também se divertem no museu.
Não, o tal do brilho irretocável do museu do olho não é ofuscado pelos mendigos à deriva. Na verdade, esses são mais alguns dos tantos personagens comuns às metrópoles cosmopolitas; são resultado do movimento ininterrupto do progresso.
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
A fonte da Divina Providência
terça-feira, 27 de novembro de 2007
A bicicleta também é transporte
Representantes e usuários de bicicletas lutam para ser atendidos pelas autoridades. Uma demonstração de sua luta é pichar em vários lugares da cidade. O argumento usado por eles é que o trânsito, em Curitiba, não é formado somente de carros, que são os meios de transporte que mais poluem o meio ambiente.
Alguns adeptos do ciclismo aderiram a bicicleta para ir ao trabalho e tentam desta maneira sensibilizar os curitibanos a terem uma qualidade de vida.
Victor da Silva, 22 anos, é um exemplo de dedicação nessa luta. “Os jovens devem aderir esta causa, ser conscientes, mostrar participação, demonstrar respeito pelo meio ambiente, respeitando a natureza”, relata.
O planeta Terra pede socorro. Toda a sociedade é responsável pelo aquecimento global. Portanto, é importante a colaboração de todos que vêem na bicicleta, uma alternativa para o caos no trânsito da capital ecológica.
As cidades européias, consideradas de primeiro mundo, estão investindo na integração real dos transportes. As cidades como Paris, Barcelona, Berlim, Amsterdã, Copenhagem e Viena convivem com essa realidade. Foram desenvolvidos projetos de bicicletários funcionais nas estações e terminais de transporte público, compartilhamento da via com bicicletas por meio de ciclo-faixas, maior controle de velocidade dos carros, limitação de áreas para estacionamento e circulação de veículos automotores.
Ao contrário do plano de urbanismo de Curitiba, que anda na contramão. Uma cidade que é considerada “capital ecológica”, está bem longe da realidade global.
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
Recordes de Curitiba
A menor Avenida do mundo
Quando se fala em avenida você imagina uma rua larga, longa e com várias pistas e carros passando em alta velocidade. Pois em Curitiba há uma exceção no mundo das avenidas. É a Avenida Luiz Xavier que contrariando todas as hipóteses, não possuiu o tráfego de automóveis e se resume a uma quadra só. Ela liga o Palácio Avenida a praça Osório e vice versa. Por esse motivo a Avenida Luiz Xavier é considerada a menor avenida do mundo.
O Urbenauta revelou uma característica de Curitiba que poucos devem saber. A Avenida Luiz Xavier é uma mini Avenida, sendo continuação da Rua XV de Novembro até a Praça Osório. Eu particularmente não sabia. Essa Avenida surgiu em 1911 e foi criada pelo Coronel, Prefeito de Curitiba Luiz Antonio Xavier. Foi e é ponto de encontro pelo calçadão de pedestres e também porque ali se situavam os principais cinemas da cidade, sendo chamada de cinelândia. Foi palco do comício das Diretas Já, em 1984 e das manifestações a favor do impeachment do presidente Fernando Collor de Mello, em 1992.
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
A revolta da população está exposta em postes, lixeiras e muros, nas proximidades da empresa, no Alto da XV. Os cartazes trazem a frase: “A Centronic mata!!!”.
O ato é uma demonstração de solidariedade aos familiares e amigos do jovem Bruno Strobel Coelho Santos, de 19 anos, que foi assassinado pelos seguranças da empresa "CENTRONIC"
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
Lobisomem no Umbará
Cachorro de Três Patas.
Dizem que o lobisomem, quando não quer ficar com a forma de um ser humano e precisa caçar, pode se transformar num cachorro de três patas. Sabendo disso, certa vez um grupo de moradores viu justamente um cachorro de três patas entrar num dos galinheiros do Umbará. Rapidamente eles foram até o local e trancaram o animal. No dia seguinte, pouco depois do raiar do sol, eles voltaram ao galinheiro e não viram o cachorro. No seu lugar estava dormindo, pelado, um antigo padre da região.
Essa história do Urbenauta é mais uma das viagens da mente humana, assim como o chupa cabra, a noiva fantasma no cemitério. Quem nunca sonhou ou conversou com um amigo sobre ou perguntou: ”Cara o que tu faria se visse um lobisomem”. Engraçado, sabemos que não existe e mesmo assim respondemos. Vejo que essas fábulas de lobisomem vieram dos mitos criados na fazenda ou sítio, mas que se tornaram lendas urbanas. Essas retratadas em filmes com certa notoriedade, por exemplo “Um Lobisomem Americano em Londres” , que conta a trama de dois turistas americanos estão viajando pela europa. Na solitária zona campestre da Inglaterra, encontram com os camponeses locais que lhes dão conselhos arrepiantes. Os jovens adentram a escuridão da mata e escutam uivos estranhos, porém não se dão conta de que estão sendo seguidos por uma fera mística. Os que são mortos por esta criatura viram mortos vivos, andando pela terra sem destino durante toda a eternidade, entretanto os dois jovens terão melhor sorte. Então as lendas urbanas, como a do lobisomem continuarão a se propagar para as próximas gerações, confirmando a força de persuasão dessas antigas histórias.
terça-feira, 30 de outubro de 2007
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
Um pouco do Ubernauta
Para um cara que não tinha o que fazer na opinião de muitas pessoas, até que ele conquistou muitas coisas.
Abraços!!!
O Ubernauta e seus feitos
GENTE... SE ESCREVE "URBENAUTA"
domingo, 28 de outubro de 2007
Urbenauta viaja pela RMC
Todas as descobertas realizadas pelo Urbenauta foram reunidas em um livro, já lançado, que deveria ser consultado principalmente pelos moradores da cidade para que eles descubram pontos turísticos que nem imaginam que exista.
FONTE: http://www.diariopopularpr.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=22422&Itemid=48
sábado, 27 de outubro de 2007
Os fantasmas dos jornais
Até hoje o Perolla se orgulha de tê-lo desvendado e o que é melhor, ter cortado um "baita caminho".
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Lendas urbanas
Esta história que encontrei no site do Urbenauta é semelhante a "Loura Fantasma" do Cemitério do Abranches que ocorreu na década de 60. Recentemente a Revista RPC divulgou uma matéria que desmascarou a história do fantasma do Abranches. Parece incrível que os as almas penadas só aparecem nos jornais antigos. (pelo menos não tenho lido histórias semelhantes nos dias atuais)
Em 1997 eu morei na Rua Professor Assis Gonçalves no bairro Água Verde e posso afirmar, os "moradores" dos cemitérios são os melhores vizinhos que tive até hoje. Eles não fazem farofada e nem tocam pagode à noite, (como uma vizinha que eu tive). Da janela da casa eu via quase todo o cemitério. À noite andarilhos moribundos dormiam sobre os túmulos e alguns cachorros uivavam ao brincar de labirinto.
Quando tudo começou... 3 de outubro de 1997
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
Marco Zero
Estava olhando o site do urbenauta e isso me chamou a atenção. É algo com sentido, porque chamar o outro estádio de chiqueiro e outras coisas mais? tudo bem que são coisas do futebol...
Baixada
Assim como o torcedor atleticano chama o Couto Pereira de Chiqueiro, o torcedor coxa-branca também chama a baixada de chiqueiro. Mas será que ali já foi um chiqueiro? Se fosse para levar em consideração o histórico do local, o correto seria chamá-lo de "banhado". Não se têm notícias de que algum dia tenha existido ali uma pocilga ou chiqueiro. O fato da sede estar localizada num declive alagado do Rio Água Verde, onde se formava um imenso banhado, teria definido o nome baixada. Nesse mesmo lugar, em 1914, foi construída a primeira sede do Atlético. Esse local hoje abriga a Arena. Já o nome Joaquim Américo Guimarães é uma homenagem ao primeiro presidente do Internacional Foot Ball Club que ao unir-se com América Foot Ball Club fez nascer em 1924 o Clube Atlético Paranaense.
Livro Almanaque São Paulo - EDUARDO EMILIO FENIANOS
Marcas da Violência
"Ação de pintura na Praça Zacarias registrando as 28 mortes ocorridas em Curitiba nos últimos 15 dia ".
Manifestação de um casal curitibano contra a onda de violência na capital paranaense.
Bigode bem bolado
Edi e o Ubernauta

quarta-feira, 24 de outubro de 2007
Turismo Alternativo
Caetana Pinheiro ao ouvir o trecho do livro em que o aventureiro responde sobre o porquê viajar na sua cidade, a arrumadeira interrompe a leitura:
Faço isso com meus meninos aos domingos...
Faz o quê Caetana?
Viajo por Curitiba
Como?
De ônibus, gasto três reais e vamos passeando pelos terminais nos domingos depois do almoço, assim posso mostrar a cidade pra eles e falar das ruas por onde já andei, as casa onde trabalhei, mostrar a Catedral e as praças, de como a cidade era antes e de como está agora...
Sou pobre, mas até para o pobre a vida passa e tenho muitas histórias para contar.
Passo por parques e teatros, bosques e vilas. Não descemos mas a criançada vê tudo, da janela do ônibus.
E eles ?
Adoram, paramos sempre em algum terminal pra fazer um lanche e depois voltamos.
Nosso turismo é dentro de nossa cidade, faço isso para não deixar eles a toa no final de semana e também abro a cabeçinha deles.
Essa é a Curitiba Alternativa
2º dia - Domingo - 02/04/2006
Pela manhã, segui para a região da Guadalupe. Peguei o final da missa. Vi pessoas saindo radiantes. Depois segui pesquisando as ruas José Loureiro e Pedro Ivo. O centro no domingo é um lugar calmo, silencioso e solitário.
De tarde voltei para a Tiradentes. Primeiras Impressões: ao lado da Cruz Machado é escura e mal cuidada. O chão é feio. É a praça com a maior reunião de desocupados que vi até o momento, nesta viagem.
No mundo urbano, há uma relação estética entre o local e quem o usa: Ou seja, uma praça mal cuidada receberá quem gosta de praças mal cuidadas.
Adoro a natureza, mas o excesso de árvores deixa a Tiradentes escura. A elevação das ruas sobre a praça a diminuiu, a deixou pequena e esquecida, frente à sua importância para a história da cidade.
Assisti à missa das seis na Catedral. Belíssima e com segurança garantida. O policiamento é bom e, apesar de haver os chamados maloqueiros na região, há muito mais chances de sofrer um seqüestro relâmpago em qualquer rua da cidade do que ser assaltado na Tiradentes.
Consegui local para dormir na Tiradentes mesmo. Edifício Santa Rosa. Apartamento do Téo e da Paula. Muito obrigado. Amanhã tem mais viagem.
Eu fiz um recorte dos relatos da Viagem ao Centro de Curitiba feita por esse “maluco” Urbenauta, escolhi o segundo dia onde ele passou por regiões conhecidas da cidade e bem mal cuidadas por sinal, Guadalupe e Praça Tiradentes. Quem nunca passou por esses lugares e não teve a mesma impressão de abandono?
sábado, 20 de outubro de 2007
Urbenauta - Contos de Cemitério
Escolhi este texto do sr. Urbenauta, pois trata de um dos mitos mais recorrentes das histórias urbanas: a noiva do cemitério. Não é mágica a contraposição de busca do amor, através do enlaçe matrimonial e sua decorrente finitude em morte trágica? Na seqüência, o personagem desmascara a fraude apontando ser o véu uma mera edição do jornal verspertino. Estranho. Vale o confronto casamento e abandono.
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
E O POVO Ó.....
PRESTEM ATENÇÃO NAS NOVAS PLACAS DO ESTAR (ESTACIONAMENTO REGULAMENTADO)
EM CURITIBA, ANTES ERA FÁCIL DE IDENTIFICAR, TÍNHAMOS AS PLACAS VERDE
(VEÍCULOS COM CAPACIDADE ATÉ 1.8 TON. ). E AS PLACAS LARANJA (CARGA E
DESCARGA ACIMA DE 1.8 TON)
AS NOVAS PLACAS SÃO BRANCAS COM PEQUENOS DETALHES QUE IDENTIFICAM AS
CATEGORIAS, VERDE E LARANJA.
MAS O PIOR DE TUDO É QUE A CATEGORIA VERDE ESTÁ SUB-DIVIDIDA EM:
1 VERDE: ONDE TODOS PODEMOS ESTACIONAR.
2 VERDE: EXCLUSIVO PARA MAIORES DE 65 ANOS
3 VERDE: EXCLUSIVO PARA DEFICIENTES
OU SEJA, COM TRÊS CATEGORIAS DE VERDE, AO ESTACIONAR PROCURE TER CERTEZA DE QUE NÃO ESTÁ INVADINDO O ESPAÇO DESTINADO AOS IDOSOS E AOS DEFICIENTES.
NÃO QUE SEJA ERRADO PRIORIZÁ-LOS, O ERRO (SERIA ERRO MESMO?) ESTÁ EM
COLOCAR PLACAS TÃO SEMELHANTES QUE ACABARÃO POR RESULTAR EM PESADAS
MULTAS.
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
Policiais Assaltantes
Uma viatura policial desceu a rua transversal com as luzes apagadas. Será que estavam à procura de um bandido?
Perto dali um senhor muito bêbado que mal conseguia andar se esforçava carregando uma bicicleta velha.
Os policiais desceram da viatura, falaram com o pedestre e jogaram a bicicleta no buraco. Bateram bastante no bêbado, tiraram a carteira dele do bolso, jogaram o homem sobre a bicicleta e riam ao dividir o dinheiro do moribundo.
Vocês conseguem imaginar este senhor chegando a casa dele, ainda cheirando a álcool, todo machucado, contando que foi agredido e roubado por policiais?
É revoltante!!! Esta é a segurança que temos aqui em Curitiba...
Artista de rua
"Vou ali e volto já"! Ritmo de música do nordeste que chama atenção na rua XV de Novembro, em Curitiba. Uma dupla de repentistas atraí os transeuntes que passam em frente à Boca Maldita. Os dois homens tiram da sacola dois pandeiros e uma garrafa pet de dois litros de água. Começam a fazer um círculo e gritam "venham até o meio do círculo, venham". Os dois homens passam a batucar energicamente no pandeiro. Levantam as vozes no burburinho. Em pouco tempo várias pessoas se aglomeram em volta dos músicos, que ficam envolvidos pela embolada nordestina.
Em rimas construídas com rapidez de corisco, os pernambucanos Pardal da Saudade e Ivan Embolador elaboram em poucos, uma crônica arguta sobre tudo que está acontecendo ao redor. "Esse rapaz está desempregado/ parado nos observando/ com litro de pinga na mão/ agarrado na placa/ para não cair no chão", Embolador provoca um rapaz que diz ser de Minas Gerais.
Pardal puxa da sacola uma amostra do CD gravado por eles. "Quem quiser comprar o nosso CD que, não é pirata, é apenas R$ 10,00". Um rapaz grita – "quero um, por favor". Tira da sua carteira R$ 20,00 e Pardal diz a as pessoas – "o jovem gostou tanto do CD, que deu o dobro". Após agradecer a atenção, na pura linguagem tradicional do canto nordestino, os dois se despedem do público e vão para outro lugar se dissolvendo na paisagem da cidade. As pessoas se dissolvem aos poucos, com o sorriso estampado no rosto, seguindo seus caminhos.
Dirceu C. dos Santos
O alternativo, a parte e o todo
Salve salve um dos pioneiros da 'mídia alternativa', Gregório de Matos - o "Boca do Inferno".
domingo, 2 de setembro de 2007
O preço da sociedade
Social pra quem? Isto sim todos deviam se perguntar. Segurança? Onde existe isso? As famílias de bem terão que pagar a conta das inúmeras vidas perdidas por falta de comando de todas as esferas de poder neste país. Ou simplesmente o poder das drogas impera por aqui?
Como dizia a música... Até quando esperar? Até se acostumar... O simples baseado defendido por alguns hipócritas levou a vida de uma menina de 18 anos. Quem agora vai dizer a família Caron que um simples baseado não faz mal a mingúem...
Quatro jovens apresentados... Uma vida perdida... Muita diversão... Muito choro... Esperança? Em quê?
Vivemos dias de uma guerra civil anunciada. A população necessita de repostas práticas. De soluções a serem vista a olho nu. Não podemos mais agüentar a sensação de saber de que um filho sai com amigos para sua diversão, e pode simplesmente não voltar.
Alguns adolescentes delinqüentes deste país acham tudo uma zona. Onde se pode fazer o que quiser e a punição será alguns dias em algum reformatório pago por nós mesmos. Onde eles se rebelam e queimam colchões, onde fazem reféns aqueles que ainda cuidam de suas vidas.
Pais, mães e a sociedade em geral precisam dar um basta nesta situação. Ficar em casa esperando a pior notícia não mudará esta visão que temos pela tela de nossas televisões. O perigo está ali fora...
Esperamos que os políticos deste país começassem a tomar as providências que devem ser tomadas para que esta guerra não estoure em suas cabeças. Porque a sociedade está cansada de pagar a conta... e pra ressaltar sua importância lembrem que eleições vem ai....
Vocês, políticos, podem ver a hora de pagar a conta... e com juros e correção monetária , como dizia alguém por ai.
Com a vida por fio, ou melhor, uma mordida
Depois...
Olha o que eu vi hoje na frente do Centro Cívico, e era dia claro de domingo 02/09/2007, Pasmei!!!
Com índios...
Sábado conheci e fiquei amiga de uma indiazinha de 15 anos, na Ilha da Cotinga, Comunidade dos Indios Guaranis. Ela é tradutora das mulheres e crianças da tribo, fala duas linguas: A lingua materna que é a Guarani, e lingua Portuguesa.
Histórias de “bonde”
huahuahuahuahuahua
E o negócio lá da firma deu certo? Puxa, que bom, mas não esquenta a cabeça que com aquelas paradas é susse... hahahahaha
Quinta-feira, 22h15, saída antecipada da faculdade, o ônibus não estava tão lotado. Uma voz feminina narrava a conversa acima, que dava para ser ouvida de qualquer lugar no ônibus. Uns três quilômetros de percurso e a conversa continuava:
- Não, não sei o que vou fazer ainda não, mas a gente vai se falando...
huahuahuahuahuahua
E com tantas gargalhadas e conversas chamando a atenção, talvez não pudesse deixar de acontecer. Um rapaz que estava logo atrás começou a imitá-la com as gargalhadas. Depois participou da conversa como se fosse com ele que ela estava falando. Pronto! O espetáculo estava montado. Todos no ônibus começaram a olhar para os dois. Por alguns momentos o rapaz se conteve de vergonha, mas a moça que estava falando no celular era como se nem tivesse percebido que estavam tirando sarro dela.
No destino final, cerca de cinco quilômetros de percurso, onde todos os passageiros devem desembarcar, houve algum temor:
- O rapaz, se a mulher vier tirar satisfação era você que tava zuando. Livra o meu!
E a conversa no celular continuou, talvez em um tom mais baixo, ou simplesmente foi confundida com a algazarra dos transeuntes do terminal. Todos se dispersaram, pois cada um foi para seu ponto de ônibus. A moça faladeira que não se importa em chamar a atenção e nem com as sátiras dos outros foi esquecida em meio a correria para não perder a hora. Talvez alguém se lembre do que ela fez algum dia, ou quem sabe, mesmo sendo tão chamativa, já tenha caído no esquecimento...
O guardador de carros
Qual é o público do sr.?
Olha mais gente de fora. Turista.
E como são os curitibanos?
Rapaz, a maioria é mão fechada. Mas tem uns que ajudam.
E o sr. cobra adiantado pelo serviço?
Não, não dá porque tem gente que paga 1 real, 2 reais, até 5 reais pagam. Então deixo por conta deles mesmo.
E muita gente vai embora correndo sem pagar?
Ih, bastante.
O que você faz nessa situação?
Não dá pra fazer nada. Não tenho como sair correndo atrás, mas dá vontade.
O porteiro do Jardim Botânico
Então sr, como é trabalhar aqui?
Gosto muito daqui, é tranqüilo.
E como é o pessoal? Os chatos fazem o quê?
A maior parte do pessoal não dá problemas. Vem, olha, anda e pronto. Mas tem gente que não entende que aqui é um Jardim Botânico. Não é um parque. Então o que acontece, é gente querendo entrar de bicicleta, com os cachorros, jogar bola. Daí a gente explica, sabe?
Tá. E já aconteceu algo interessante?
Vixe e como. Duas semanas atrás mesmo briguei com um cara aí.
Ah é, e por quê?
Ah, tem uns caras que ficam debaixo da ponte ali olhando as calcinhas das mulheres (aponta para a ponte sobre o lago artificial) quando tá quente. Eu passei por ali e o cara me perguntou o que eu estava encarando. Eu disse que nada. Depois ele saiu e ficou do outro lado da rua me xigando de corno, fedaputa. Daí eu sai, e fui lá. Se atracamos bem ali (mostra o canteiro no meio da rua).
E aí, ganhou a luta?
Dei umas porradas, como também levei.
Poty Lazzarotto

Bosque de Portugal

É numa ponte que reúno o pessoal para conversar. Não preciso ir longe para estar com a natureza.
Por fim, não deixem poluir o parque do seu bairro, valorize-o. Dê vida a ele.
sábado, 1 de setembro de 2007
O cheirinho do verde em nossas narinas...

Foto tirada no Parque Tanguá.
As coisas simples
Nessa comunicação externa distribuiria o informativo institucional e conversaria com as pessoas sobre como tinham sido informadas sobre o bazar de importados da Afece (Associação Franciscana de Educação ao Cidadão Especial). Porém, além de executar a atividade de comunicador, trabalhei de tira dúvidas e vendedor. O interessante de realizar essas funções é poder observar as diferentes reações das pessoas. Na divulgação as pessoas se sentem em situações invasivas e acabam, poderíamos dizer, fugindo. Na área de vendas querem, logicamente, alguém que os atenda rápido para irem logo embora da “muvuca” que estava esse dia, na sede administrativa da entidade no Tarumã. Estranham se o vendedor fala demais e não gostam se falam pouco. Resumindo dois setores que enfrentam dificuldades para agradar a todos.
Opa, mas a atividade de tira dúvidas é uma beleza (risos), se você conhece a instituição e sabe passar as informações, os agradecimentos são diversos: - “Pô valeu mesmo brother” ou “Muito obrigada, você é muito querido”.
É, às vezes funções simples, são as mais valorizadas e recompensadas.
Valorize-as.
Na realidade isso é um aspecto lógico, mas é um bom registro.
Diego Binder
sexta-feira, 31 de agosto de 2007
Fumódromo em Curitiba
O lugar parece uma praça, possui os banquinhos, pintados de branco, para dar um ar “clean” e até plaquinha para os que não sabem onde estão.
Curitiba inova e sai mais uma vez na frente das outras capitais. Será que vão começar aprovar projetos para o povo em mais uma jogada inédita no país?
A TV é uma bunda ou uma bunda é como a TV?
Faces coloridas da cidade cinza?
Literatura Paranaense e o Catatau de Paulo Leminski
O texto está saindo assim, saído, porque fiquei sabendo que era para torná-lo alternativo, dando-lhe adornos mais arejados.
Voltando à identidade cultural de Curitiba, apenas dois autores daqui figuram em pé de igualdade com o que há de melhor no País: Dalton Trevisan e Cristovão Tezza.
Conheço o Cristovão e tudo, não pessoalmente a ponto de ele saber meu nome, mas porque vi duas palestras dele. Coloco-o na reduzidíssima lista, pois, a mídia vem falando bem de seu último livro, no qual traz à tona a angústia de pai de um deficiente físico. O que já li dele, porém, não me entusiasmou tanto, 'O Trapo', com o perdão do trocadilho, é feito dos mesmos farrapos que o título sugere.
Dalton Trevisan, por outro lado, é inquestionavelmente o grande autor da cidade. Narra o que poucos vêem, ou o que todos vêem e não narram. Como era o Rio de Janeiro de João Antônio, dos pobres desdentados, dos sujos, bêbados, tarados, assassinos, e dos cruéis. Quem não se lembra da história da reportagem que o Valdir fez sobre ele? Trevisan deve ter sido um dos poucos escritores locais a ter os textos traduzidos em outras línguas. E por que será isso?
Pode ser por não usar o rapapé que tanto critica, empregado pelos '10 mil imortais da Academia Paranaense de Letras', diria ele.
Mas para explicar o sucesso de Dalton é preciso recorrer à frase batida do escritor russo Liev Tolstói "Canta sua vila e será universal", e assim ele é.
Gostaria de deixar pano para as mangas. Quem sabe alguém pode me refutar. Aliás, conheço mais gente que não gosta da literatura do sr. Trevisan do que o contrário.
Encerrando, lá vai um excerto do livro Catatau de Paulo Leminiski, um curitibano tranqüilo, que computou entre suas amizidades Caetano Veloso, Alceu Valença, Haroldo Campos, Pedro Xisto, entre outros. O livro é um extensíssimo paragráfo único de 269 páginas. No léxico do autor está o latim, holandês antigo e várias outras línguas. É para não dizerem que não tivemos (paranaenses) um Guimarães Rosa, né? Transcrevo à guisa do livro.
"O Triunfo dos Trouxas. A Quarta Fachada. A Jurisdição dos Brutamontes. A Ferrosimilhança dos Destalhes. O Percurso das Calamitates. Impulso para a queda. O engraçado mora longe. Atalhou a modo de exemplo: adonde?"
O Bandido que Sabia Latim

quinta-feira, 30 de agosto de 2007
A Praça dos Ratos

Enquanto de dia os pombos fazem aquela sujeira e transmitem doenças pelas ruas e praças da cidade, à noite quem os substitui são os ratos. Acredito que essa invasão de roedores deva existir em várias regiões do Centro de Curitiba, mas chamo atenção para a Praça Carlos Gomes.
Lugar esse que eu passo diariamente para ir trabalhar (de madrugada) e me deparo com “Mickeys”, “Minies” e “Jerrys” passeando tranquilamente entre as palmeiras e arvores da praça. Carregando restos de lixo ou de comida eles parecem tão à vontade que não ligam para a presença de pessoas que passam ou estão nos pontos de ônibus.
Mesmo com as limpezas realizadas pelos Garis, que recolhem os lixos, e a lavagem que é feita nas calçadas, os ratinhos e as ratazanas (umas bem grandes por sinal) sempre estão pelo local tornando-o muito desagradável. Alguma atitude deve ser tomada pela prefeitura, quem sabe um exército de gatos não acabaria com os roedores da Praça “Ratos Gomes”?
A Poucos Metros

terça-feira, 28 de agosto de 2007
Quente ou Frio?
A capital social esta uma loucura!
Um dia vemos mulheres com decotes caminhando pelas calçadas,homens com bernudas e uns até sem camisas e no dia seguinte os mesmos homens e as mesmas mulheres..aquelas de decotes com cachecol, sabe?e aqueles homens de bermuda agora estão todos encasacados!
Questionei São Pedro!! São Pedro da pra decidir como o tempo vai ficar??...
Mas a loucura não é de um dia para o outro pode ser no mesmo dia....Podem estar de cachecol até perto das onze horas da manhã, após esse horário pronto!!Já podem colocar os decotes a mostra.
Curitiba a cidade de muitas estações em um dia só, já virou ditado por ai esta frase!
Regras para se viver com o clima da capital ecológica: Primeiro saia bem agasalhado pela manhã, dois por baixo esteja com uma blusa fresquinha para quando esquentar perto da hora do almoço, três é sempre bom ter uma sombrinha na bolsa ou um guarda chuva nunca se sabe se poderá chover(que aliás estamos precisando dela por aqui) e quarto e último se prepare para novamente o frio da noite que ele vêm com tudo!
Hoje o invernooo chegou com tudo depois de um final de semana de calor e sol, acho que Sâo pedro contribui este final de semana para que o Boteco Bohemia fosse um sucesso, acho que ele é compadre da Paula Lima , aquela que tem o guarda chuva!Humm suspeito em São Pedro?
Em fim Curitiba de Domingo CALOR e Segunda- feirda de FRIO!
Cultive todas as peças do seu guarda roupa!
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
Periquito não dá só em árvores
Andar pela praça Rui Barbosa sem ouvir os periquitos cantarolando nas árvores é extremamente difícil. É impossível não perceber a algazarra dos pássaros no centro da cidade. Cantam bonito e voam como se estivessem dançando.
Mas Curitiba conta também com outra espécie de periquitos. Eles trabalham de segunda a sexta nas ruas da capital e estão em todos os locais. Esses são passíveis de ficarem despercebidos, pois não cantam, só escrevem e às vezes resmungam. Basta parar em local proibido, estacionar sem comprar o cartão do Estar ou demorar um pouco além do imaginado na fila do banco a ponto do Estar vencer que nunca mais você vai esquecer do arrombo na sua conta bancária que esses “pássaros” vão fazer. Isso mesmo, eles consomem dinheiro, mas teoricamente tudo para a melhoria do itinerário da cidade.
Antigamente era trabalho para mulher. Muitas crianças não sabiam ao certo para que elas serviam, mas uma coisa era certeza, não deviam ser do bem, pelo menos não para o bem dos pais. Agora já se vê um misto de homens e mulheres trabalhando na fiscalização do trânsito de Curitiba. A cor do uniforme também mudou, de um verde “periquito” para cinza, provavelmente proposital para que os agentes de trânsito percam o apelido de “periquita”.
É só parar com o carro por pouco mais dos 15 minutos permitidos na Rodoferroviária para comprar uma passagem que lá se vê a periquita procurando o dono do veículo para que o retire do local ou simplesmente aplicando uma infração de trânsito. Se conseguir chegar aos exatos 15 minutos no carro você pode receber um simples sorriso amarelo, um sinal de beleza ou avistar as costas da periquita ou do periquito, que não largam os bloquinhos das mãos. E essas são algumas das mais diversas situações possíveis para se deparar ou se irritar com os periquitos da Diretran de Curitiba, que agora não são mais verdes como os das árvores, são cinzas.
Na calada da noite
Próxima ou remota, a noite impressiona. E exerce fascínio entre temerosos e encantados, convencionais e despojados, perdidos e achados, “apocalípticos e integrados”.
Sim, a noite fascina e reserva mistérios. Esconde situações perigosas, riscos inconvenientes, segredos indecorosos. Mas, ao mesmo tempo, expõe, em magnitude, a beleza de um céu estrelado, de uma rotina interrompida ou de uma cidade calada.
Durante o dia, o compasso é frenético. Mal se tem tempo para prestar atenção no cenário onde se desenvolvem as ações corriqueiras de um grande centro. Mas à noite, a quietação chega a ser mórbida. E, longe das possíveis badalações noturnas, o palco do espetáculo se torna vazio, deixando-se ser observado.
Não que não exista vida ou movimento durante a madrugada. Existe. Mas a evolução parece poética. E funciona em impressionante simetria.
É nesse momento em que se pode notar como as coisas estão, quase sempre, em seu devido lugar. Mesmo quando ocorrem os imprevistos previsíveis. “Até quando o corpo pede um pouco mais de alma”.
Caminhando como numa trilha, pode-se ver - com a calma que o dia não permite - o sinaleiro, a faixa de pedestres, o banco da praça, o Largo da “desordenada” Ordem. O cachorro-quente da esquina, o cachorro vira-lata atravessando a rua, a canaleta do expresso, o Homem Nu. O Centro Cívico, o bar da esquina, a menina dos olhos, o olho do museu. O bêbado olvidado, a ronda policial, o acidente de automóvel, o assassinato na meia-noite. A volta pra casa, a fuga de casa, a porta de casa, a casa.
Cada detalhe livre aos olhos de quem se dispõe a olhar. De quem, ao sair, não pensa em voltar. De quem se detém somente a observar. De quem não se deixa enganar: a noite não é terrível. A noite pode ser, apenas, misteriosamente fúnebre e surpreendente.